Os serviços secretos da Venezuela detiveram, na madrugada de hoje (21), Roberto Marrero, chefe de gabinete do autoproclamado presidente Juan Guaidó. A informação foi confirmada por Sergio Vergara, líder do grupo parlamentar da Vontade Popular, partido de Guaidó. A operação do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) foi denunciada no Twitter pelo próprio presidente da Assembleia Nacional.
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“Desde as 2h24, funcionários do Sebin assediam as casas do deputado e chefe de bancada da VP, Sergio Vergara, e do chefe do meu gabinete, o advogado Roberto Marrero, mantidos sequestrados no local”, escreveu Juan Guaidó em sua conta no Twitter. Os agentes do Sebin teriam entrado sem mandado judicial nas casas de Marrero e Vergara, no bairro de Las Mercedes, em Caracas, capital da Venezuela .
O líder da bancada parlamentar da Vontade Popular descreveu os acontecimentos da madrugada em Las Mercedes: “Mantiveram-me no chão, entraram em casa e perguntaram-me se estava com mais alguém. Perguntaram se sabia onde vivia Roberto Marrero, ao que não respondi. Repeti-lhes que estavam violando um direito constitucional, como a imunidade parlamentar", contou Vergara.
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Na semana passada, o regime de Nicolás Maduro chegou a prender o jornalista Luis Carlos Díaz. Ele trabalha como apresentador de rádio é um ativista pela liberdade digital. O jornalista foi acusado de ter causado os apagões que atingiram o país por seis dias.
O apresentador foi liberado em Caracas depois de 30 horas de prisão, mas ainda responde a acusação de incitação à deliquência, terá que comparecer diante das autoridades a cada oito dias e não poderá deixar o país sem autorização.
Em conversa com a imprensa, Díaz disse que está proibido de comentar o caso. "O processo segue, não posso dar declarações. Tenho mil histórias, mas não posso dizer nada. Isso dependeu de vocês. Viva o jornalismo venezuelano, todo poder às redes. Esse é o momento das redes", afirmou.
Existe um impasse na Venezuela
entre Maduro e Juan Guaidó, presidente autodeclarado. Mais de 50 países, incluindo o Brasil, os Estados Unidos e a União Europeia, apoiam Guaidó, enquanto China, Rússia e Turquia estão ao lado de Maduro .