Após meses de debate sobre os termos do Brexit
, Grã-Bretanha e União Europeia chegaram a um acordo, na tarde dessa terça-feira (13), em relação à polêmica decisão tomada pelo país de sair do bloco, em 2016.
De acordo com o jornal The New York Times , os ministros que compõem o alto-escalão da primeira-ministra britânica, Theresa May, poderão rever a decisão preliminar antes de reunião sobre o Brexit no gabinete, programada para quarta-feira (14), às 14h.
A expectativa da primeira-ministra é que o acordo seja peça-chave para evitar desorganização e caos durante o processo. No entanto, será preciso que May enfrente a linha-dura de Brexiteers, que podem ameaçar sua liderança no gabinete, caso não aceitam os acordos propostos.
Segundo o jornal, para garantir apoio, a primeira-ministra teria se encontrado com funcionários de Jeremy Hunt, secretário de Relações Exteriores, e com Dominick Raab.
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Dentre os assuntos abordados na reunião, está a questão que envolve a criação da fronteira irlandesa, ponto central que “trava” o avanço do acordo. A primeira-ministra acredita ser “inconcebível” a criação de fronteira dentro da Irlanda e por isso, esse assunto poderá desencadear vários impasses durante as discussões no gabinete.
Apesar da evolução no debate sobre o assunto, os problemas ainda são muitos. Mesmo que tenha aprovação em todas as decisões propostas, Theresa May ainda tem muitos opositores no Parlamento que podem dificultar a adoção do plano de compromisso.
Nesta terça-feira (13), em Londres, o irmão do ex-ministro de Relações Exteriores do Reino Unido Boris Johnson, Jo Johnson, liderou ne um protesto para a convocação de um novo referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia .
Para Johnson, que renunciou ao cargo de secretário de Estado de Transporte na
semana passada, a campanha favorável à saída da UE liderada por seu irmão em 2016 se baseou em promessas que não serão cumpridas pela primeira-ministra Theresa May.
O rascunho do acordo sobre o Brexit feito hoje será avaliado pelo gabinete de ministros de May. Caso o texto passe pelo crivo do governo e seja aceito pelas partes, o pacto será enviado para votação no parlamento do Reino Unido.