O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, será formalmente acusado nesta quinta-feira (28) pelo procurador-geral de Israel, a respeito de uma série de crimes de corrupção. As informações são da BBC . Tal acusação marcaria a primeira vez na história do país que um premiê é acusado de cometer um crime no exercício do seu mandato.
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Espera-se, em Israel, que o procurador-geral Avichai Mandelblit – pessoa equivalente a Raquel Dodge, no Brasil – anuncie sua decisão ainda hoje. Se realmente acusado de corrupção, Netanyahu vai ver sua campanha eleitoral abalada, o que potencialmente pode manchar sua carreira política no país. O premiê busca um quinto mandato, nas eleições que acontecem dia 9 de abril.
Israel anuncia visita de Bolsonaro a Netanyahu em abril
A situação do premiê de Israel com a Justiça de seu próprio país é relevante aos brasileiros porque, ainda hoje, o presidente Jair Bolsonaro foi confirmado pelo governo israelense como visita garantida ao país, dias antes das eleições. A visita de Bolsonaro a Israel teria o objetivo de servir como um impulso eleitoral para o primeiro-ministro israelense.
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O Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que Bolsonaro visitará o país entre 31 de março e 4 de abril, mas não deu mais detalhes.
Empossado em janeiro, Bolsonaro não escondeu seu posicionamento pró-Israel, recebendo o premiê na cerimônia de posse e sinalizando claramente o seu desejo de transferir a embaixada do Brasil no país para Jerusalém – mesmo que nenhuma data para isso tenha sido definida. A transferência de embaixada seria a exemplo do que foi feito pelo presidente norte-americano, Donald Trump, outro que demonstra afeto e proximidade com o israelense.
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Internamente, Netanyahu é acusado, ainda informalmente, pelos crimes de suborno, fraude e quebra de sigilo. Ele nega qualquer irregularidade e diz que as diversas alegações contra ele não passam de um "caça às bruxas" promovido pela imprensa para retirá-lo do poder.