Juan Guaidó participou de reunião do Grupo de Lima, na Colômbia no início desta semana
Divulgação/Twitter - @jguaido
Juan Guaidó participou de reunião do Grupo de Lima, na Colômbia no início desta semana

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, prometeu retornar a Caracas ainda nesta semana, apesar dos riscos. O líder da oposição ao regime de Nicolás Maduro está desde a semana passada na Colômbia, onde liderou um  comboio que levaria ajuda humanitária à Venezuela e participou de reunião do Grupo de Lima , nessa segunda-feira (25).

Em entrevista ao canal venezuelano NTN24 , Juan Guaidó recordou intimidação feita por agentes de segurança à sua mulher e à sua filha, de apenas 21 meses, no mês passado. Ainda assim, ele garantiu que essa não é sua maior preocupação.

"Vou exercer minhas funções. Vou retornar esta semana a Caracas. E, se me aprisionarem, fique claro que existe toda uma estratégia montada. Podem cortar uma flor, mas não podem deter a primavera. Essas ameaças que fizeram à minha família e à minha esposa, direta e indiretamente, isso não será o meu maior medo", disse Guaidó.

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Também em declaração a uma emissora de TV, Nicolás Maduro disse nesta terça-feira (26) à americana ABC News que, caso Guaidó efetivamente retorne, ele deverá prestar esclarecimentos à Justiça. 

"Ele pode sair e voltar, mas terá que dar explicações à Justiça, porque foi proibido de deixar o país. Ele tem que respeitar as leis", reclamou Maduro , citando decisão proferida pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que é alinhado ao regime chavista.

Questionado se ficou frustrado pelos representantes do Grupo de Lima terem descartado a opção de intervenção militar na Venezuela , Guaidó se disse grato ao apoio já expressado pelos líderes das Américas e prometeu anúncio importante para os venezuelanos nos próximos dias.

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"Já sabemos que somos maioria. Precisamos continuar com a mobilização social e, nos próximos dias, teremos um anúncio importante de ações. Agradeço muito ao Grupo de Lima e a todo apoio construído a nível político, a nível social, a nível internacional e a nível de cooperação. Vamos utilizar todas as ferramentas possíveis, de maneira soberana, de maneira autônoma, para concluir o processo para construir uma solução com o menor custo social", declarou Juan Guaidó .

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