Juan Guaidó se autoproclamou presidente da Venezuela há exatamente um mês, mas ainda não convocou eleições
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Juan Guaidó se autoproclamou presidente da Venezuela há exatamente um mês, mas ainda não convocou eleições

O presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou neste sábado (23) a promessa de não enquadrar como traidores da pátria aqueles militares que descumprirem a ordem de Nicolás Maduro e autorizarem a entrada de ajuda humanitária no país .

"Na minha condição de Comandante-Chefe da Força Armanda Nacional, dada as circunstâncias excepcionais que vive a República, torno sem efeito a qualificação de traidores da pátria para efetivos militares que cruzarem a fronteira", anunciou Juan Guaidó . "Todo aquele que não esteja ao lado do povo e impessa a entrada de ajuda humanitária é um desertor que trai nossa população. Aqueles que nos ajudem a salvar vidas são os verdadeiros patriotas", completou.

Em Cúcuta, na Colômbia , onde esteve reunido durante toda a manhã com líderes da América Latina, Guaidó fez pronunciamento no início desta tarde para repetir o apelo aos militares leais ao regime de Nicolás Maduro .

"Enquanto estamos aqui, buscando ajuda humanitária, há quem prefira bloquear o caminho, espalhando violência ", disse o presidente venezuelano reconhecido por governos como o dos Estados Unidos e do Brasil.

"Bem-vindos ao lado certo da história. Bem-vindos os militares que estão ao lado da Constituição. A anistia e a garantia são um fato a todos que estão dispostos a ajudar o povo da Venezuela e respeitarem a Constituição. Manifestem-se nesse momento histórico para acabar com a usurpação e fazer com que a Venezuela reencontre o caminho da prosperidade, respeitando os direitos humanos", completou.

Guaidó completa neste sábado um mês como presidente autodeclarado da Venezuela . A Constituição do país prevê que este é o prazo (30 dias) para a convocação de novas eleições. O tema, no entanto, não foi citado por Guaidó em seu pronunciamento.

Logo após o discurso, que foi acompanhado pelo presidente colombiano, Iván Duque, Guaidó subiu em um dos dez caminhões carregados com alimentos e remédios adquiridos em cooperação entre os EUA, a Colômbia e o Chile.

Os veículos seguirão para uma das pontes que cruzam o rio Táchira, na fronteira com a Venezuela. Essas pontes foram bloqueadas com barris, cercas e contêineres, a mando do governo Maduro. O  fechamento da fronteira motivou protestos violentos ao longo deste sábado.

Caso as tropas de Maduro não autorizem a passagem da caravana de Juan Guaidó , os caminhões ficaram perfilados em frente ao bloqueio na fronteira colombiana. A situação se repete na fronteira da Venezuela com o Brasil, onde uma carreta com insumos enviados pelo governo federal e pelos EUA já aguarda autorização para seguir viagem.

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