O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, se dirigiu para a fronteira com a Colômbia, na tentativa de trazer para o país a ajuda humanitária bloqueada pelo governo de Nicolás Maduro, anunciou um porta-voz.
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"Membros da Assembleia Nacional da Venezuela
acompanharão o presidente Juan Guaidó na viagem", diz mensagem enviada aos jornalistas, citada pela agência de notícias France Press.
Nessa quarta-feira, Guaidó , que é também líder da Assembleia Nacional, majoritariamente da oposição, já havia manifestado a determinação de romper o bloqueio militar imposto por Maduro.
"A ajuda humanitária chegará por ar, por mar, por terra e assim conseguirá entrar. Precisamos abrir um corredor humanitário, aconteça o que acontecer", disse o presidente interino, referindo-se à operação agendada para sábado (23), data que impôs para a entrada de ajuda humanitária internacional.
Juan Guaidó falou em Caracas, durante encontro com dezenas de motoristas de ônibus, que se concentraram no leste da capital para apoiar o líder opositor e oferecer apoio à operação de entrega de ajuda humanitária, prevista para o sábado.
"Neste 23 de fevereiro, haverá brigadas voluntárias e humanitárias, que aqui há muitas, deslocando-se às fronteiras, não apenas em Cúcuta [Colômbia], em Táchira, em Bolívar [estados venezuelanos], por mar também virá ajuda", disse.
Trump fez apelo a militares da Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu às Forças Armadas da Venezuela que deixem de apoiar o presidente Nicolás Maduro . Para o norte-americano, quem continuar a apoiar o líder chavista corre o risco de perder tudo.
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Em discurso na Flórida na segunda-feira (18), Donald Trump alertou que, caso os militares venezuelanos continuem a apoiar Maduro, eles não encontrarão um refúgio seguro ou uma saída fácil, ficarão sem saída e perderão tudo.
Falando para um público que incluía imigrantes venezuelanos, Trump afirmou que os Estados Unidos buscam uma transição de poder pacífica na Venezuela, mas que todas as opções estão disponíveis.
No mesmo evento, o presidente americano chamou Maduro de fantoche de Cuba. Ele criticou os governos socialistas da Venezuela , de Cuba e da Nicarágua, afirmando que os dias do socialismo estão contados nesses países.