Donald Trump e Kim Jong-un vão se encontrar no Vietnã no final de fevereiro
Divulgação/White House
Donald Trump e Kim Jong-un vão se encontrar no Vietnã no final de fevereiro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, vão se reunir pela segunda vez nos dias 27 e 28 deste mês em Hanói, capital do Vietnã. O anúncio foi feito pelo norte-americano no Twitter, após visita a Pyongyang esta semana do representante especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Biegun.

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Trump se reuniu com a autoridade correspondente norte-coreana, em um encontro que, segundo o presidente norte-americano, foi bastante produtivo. Trump disse que espera que a reunião com Kim Jong-un possibilite o "avanço da causa pela paz".

Também em um post nas redes sociais, Trump escreveu que a Coreia do Norte, sob a liderança de Kim Jong-un, vai se tornar uma grande potência econômica. "Pode surpreender alguns, mas irá me surpreender", escreveu o norte-americano.

O Vietnã foi escolhido por ser um local relativamente neutro para as duas partes. A Coreia do Norte tem tradicionalmente mantido relações estreitas com o país. Já os Estados Unidos reataram oficialmente os laços diplomáticos com o Vietnã em 1995, depois de décadas de tensões.

Os dois líderes se reuniram pela primeira vez em 12 de junho de 2018, em Singapura. Na ocasião, os dois líderes se comprometeram de forma vaga com a paz e a desnuclearização da Península da Coreia.

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Ambos  assinaram um tratado na frente da imprensa. "Estamos prestes a assinar um acordo importante e amplo", disse Trump na época.  Kim Jong-un  classificou o documento como histórico. "Resolvemos deixar o passado para trás. O mundo verá uma grande mudança", disse.

Alguns dos principais pontos do documento são:

  • Estados Unidos e Coreia do Norte se comprometem a estabelecer relações de acordo com o desejo de seus povos pela paz e prosperidade;  
  • Estados Unidos e Coreia do Norte irão unir seus esforços para construir um regime de paz estável e duradouro na Península Coreana;  
  • Conforme a Declaração de Panmunjon, de 27 de abril de 2018, a Coreia do Norte se compromete a trabalhar em direção à completa desnuclearização da Península Coreana;  
  • Estados Unidos e a Coreia do Norte se comprometem a recuperar os restos mortais de prisioneiros de guerra, incluindo a imediata repatriação daqueles já identificados.  

Até o momento, Pyongyang não deu sinais de que tem intenção de se desfazer de seu arsenal nuclear , enquanto os Estados Unidos não mostraram disposição em retirar suas forças da Coreia do Sul.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que está na hora do governo de Donald  Trump   e a Coreia do Norte retomarem "seriamente" as negociações para a desnuclearização da Península. "Encorajamos os dois países a avançarem com as negociações. Acredito que precisamos de um roteiro claro para esclarecer as coisas e para saber exatamente quais serão os seguintes passos", disse.


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