Donald Trump e Kim Jong-un se apertam as mãos antes da reunião histórica
Divulgação/White House
Donald Trump e Kim Jong-un se apertam as mãos antes da reunião histórica

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que o presidente Donald Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, vão se reunir em algum lugar da Ásia até o fim de fevereiro.

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Em entrevista concedida nesta quarta-feira (30), Pompeo informou que já enviou uma equipe para iniciar os preparativos do encontro, em local não revelado. O Vietnã tem sido visto como um dos locais que podem sediar a segunda cúpula entre os Trump e Kim, mas Pompeo não especificou nenhum país.

O secretário disse que a equipe vai estabelecer as bases para o que acredita ser passos adicionais significativos rumo à desnuclearização da Península Coreana e um futuro mais brilhante para o povo da Coreia do Norte .

A imprensa americana diz que o representante especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, vai visitar na semana que vem Panmunjom, a vila de trégua na zona desmilitarizada entre as coreias do Norte e do Sul. Biegun deve debater com autoridades norte-coreanas preparativos para a reunião entre Trump e Kim.

Os dois líderes se reuniram pela primeira vez em 12 de junho de 2018, em Singapura. Na ocasião, os dois líderes se comprometeram de forma vaga com a paz e a desnuclearização da Península da Coreia.

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Ambos  assinaram um tratado na frente da imprensa. "Estamos prestes a assinar um acordo importante e amplo", disse Trump na época. Kim Jong-un classificou o documento como histórico. "Resolvemos deixar o passado para trás. O mundo verá uma grande mudança", disse.

Alguns dos principais pontos do documento são:

  • Estados Unidos e Coreia do Norte se comprometem a estabelecer relações de acordo com o desejo de seus povos pela paz e prosperidade; 
  • Estados Unidos e Coreia do Norte irão unir seus esforços para construir um regime de paz estável e duradouro na Península Coreana; 
  • Conforme a Declaração de Panmunjon, de 27 de abril de 2018, a Coreia do Norte se compromete a trabalhar em direção à completa desnuclearização da Península Coreana; 
  • Estados Unidos e a Coreia do Norte se comprometem a recuperar os restos mortais de prisioneiros de guerra, incluindo a imediata repatriação daqueles já identificados. 

Até o momento, Pyongyang não deu sinais de que tem intenção de se desfazer de seu arsenal nuclear , enquanto os Estados Unidos não mostraram disposição em retirar suas forças da Coreia do Sul.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que está na hora do governo de Donald Trump  e a Coreia do Norte retomarem "seriamente" as negociações para a desnuclearização da Península. "Encorajamos os dois países a avançarem com as negociações. Acredito que precisamos de um roteiro claro para esclarecer as coisas e para saber exatamente quais serão os seguintes passos", disse.

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