A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmou que o país deve entrar em um "território desconhecido" caso o parlamento recuse o acordo do Brexit, marcado para ser votado neste mês. A declaração foi dada neste domingo (6), em uma entrevista à rede de televisão BBC .
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Brexit é o nome dado ao acordo de saída do Reino Unido da União Européia (UE), que está marcada para acontecer no dia 29 de março. De acordo com a primeira-ministra, caso as negociações não deem certo, "vamos entrar num território desconhecido. Não acredito que alguém possa dizer exatamente o que ocorreria em termos da reação que veríamos no parlamento", disse.
May afirmou que pretende conseguir, nos próximos dias, novas garantias da União Européia que passem "confiança" aos críticos do pacto . A votação deve ocorrer durante a terceira semana de janeiro.
Em dezembro de 2018 , a votação chegou a ser adiada
, já que não havia maioria parlamentar de apoiadores do acordo. De acordo com a emissora de TV, na época, essa teria sido a última manobra de Theresa May
para garantir seu tão defendido Brexit.
"Backstop" é principal ponto polêmico para críticos do Brexit
O chamado "backstop", princípio que manteria uma fronteira aberta entre a Irlanda do Norte, território britânico, e a República da Irlanda, membro da UE, caso os dois lados demorem em aprovar um futuro tratado comercial, tem sido ponto importante de discussão no acordo . Foi ele que levou o setor mais conservador e os sócios do Partido Democrático Unionista (DUP) da Irlanda do Norte a se oporem ao Brexit.
A primeira-ministra britânica disse que é contrária à um segundo referendo sobre o pacto, uma vez que isso seria uma "falta de respeito" com oresultado da consulta realizada em junho de 2016, na qual 51,9% dos votantes optaram pela saída do país da UE. May também sublinhou que não há tempo para organizar outra votação antes de 29 de março, a data combinada para a ruptura.
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Ela também antecipou que, nos próximos dias, deve anunciar novas medidas para tentar convencer os céticos ao Brexit , como "medidas referentes à Irlanda do Norte", e um plano para outorgar "um maior papel ao parlamento" nas futuras negociações sobre a relação comercial que estabelecerão Londres e Bruxelas depois da saída britânica do bloco.
*Com informações da Agência Brasil