As autoridades da Indonésia já confirmaram que ao menos 281 pessoas morreram, 1.016 ficaram feridas e 50 são consideradas desaparecidas depois que um tsunami atingiu, na madrugada deste domingo (23), o Estreito de Sunda. O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho, informou que o número de vítimas pode aumentar, pois ainda não chegaram informações de todas as áreas afetadas. As vítimas estavam nas ilhas de Java e Sumatra. Segundo o Itamaraty, não há vítima brasileira.
Ainda de acordo com as autoridades, o tsunami
teria sido causado pela erupção do vulcão Krakatoa, com um deslocamento submarino. Segundo testemunhas, a região foi atingida por duas ondas gigantes, sendo a segunda maior e mais forte.
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As ondas gigantes atingiram as praias ao sul da ilha de Sumatra e na parte ocidental da ilha de Java por volta das 21h30 na hora local (12h30 em Brasília). As autoridades do país informaram ainda que foram destruídas centenas de casas, hotéis, barcos e veículos devido à violência do fenômeno.
Muitos habitantes foram pegos de surpresa, uma vez que não houve forma de avisar a população por falta de um sistema de alarme de desastres originados por atividade vulcânica. Por se tratar de uma região turística, onde estão localizadas as praias mais frequentadas, o número de vítimas pode ser ainda maior.
"O número de vítimas pode aumentar, pois não nos chegaram informações de todas as áreas afetadas", afirmou em comunicado o porta-voz da BNPB, Sutopo Purwo Nugroho.
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As ilhas de Java e da Sumatra ligam o mar de Java ao Oceano Índico e estão localizadas no chamado Anel de Fogo do Pacífico, área muito propensa a desastres naturais. A região possui alta atividade tectônica e concentra grande parte das erupções vulcânicas e terremotos do planeta.
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Em setembro, mais de 2 mil pessoas foram mortas e 200 mil ficaram desalojados, após terremoto seguido de tsunami que atingiram a cidade de Palu, na ilha de Sulawesi, ao leste de Bornéu.