Jornalista saudita Jamal Khashoggi foi morto em outubro passado quando estava no consulado saudita em Instambul
Reprodução/Al Manar
Jornalista saudita Jamal Khashoggi foi morto em outubro passado quando estava no consulado saudita em Instambul

A CIA divulgou que está em posse do áudio de um telefonema em que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, teria dado instruções para "silenciar o mais rápido possível" o jornalista Jamal Kashoggi, o saudita que foi morto dentro de um consulado em Instambul, na Turquia. As informações são de uma reportagem publicada nesta quinta-feira (22), pelo jornal turco Hurriyet Daily News .

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De acordo com a gravação, a instrução do príncipe teria sido passada por telefone ao seu irmão Khaled, que é embaixador saudita nos EUA. Esse é o mesmo áudio sobre o qual, durante uma visita em outubro a Ancara, a diretora da CIA, Gina Haspel, chegou a comentar com as autoridades turcas. A CIA teria esse áudio sobre a morte de Khashoggi , portanto, há dias.

O jornal The Washington Post , para o qual o jornalista trabalhava, já havia publicado, na última sexta-feira (16) e citando fontes sigilosas, que a CIA teria concluído que o príncipe saudita foi o mandante do assassinato .

O jornal havia apurado que a CIA chegou a essa conclusão após examinar várias fontes de inteligência. Além disso, autoridades norte-americanas teriam confiado nessa avaliação, enquanto o governo saudita negava o envolvimento de Bin Salman na morte do repórter.

Na reportagem do Washington Post, foi divulgado ainda que a CIA estava com uma ligação feita pelo irmão do príncipe, Khalid Bin Salman, ao jornalista saudita , encorajando-o a ir até o consulado para obter os documentos pelos quais foi de encontro. Fontes disseram ao Post que Khalid fez a ligação sob ordem de seu irmão.

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Crítico do governo, Kamal Khashoggi foi morto no dia 2 de outubro, dentro do consulado saudita em Istambul, na Turquia. Ele tinha ido à sede diplomática para pegar documentos para se casar com sua namorada turca. O governo saudita admite que o jornalista morreu dentro do consulado, mas nega qualquer envolvimento do príncipe no crime.

* Com informações da Agência Ansa.

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