O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite desta segunda-feira (17) novas tarifas de 10% sobre US$200 bilhões em produtos chineses. De acordo com uma nota da Casa Branca, a partir de 1º de janeiro, as taxas serão aumentadas para 25%.
Além disso, o governo de Donald Trump afirmou que, se a China anunciar medidas de retaliação , os Estados Unidos irá impor tarifas adicionais de US$267 bilhões. Produtos eletrônicos, alimentos, pneus, móveis, artigos químicos, plásticos, bicicletas e assentos para crianças seriam alguns dos produtos atingidos pela nova onda de taxas.
Na última sexta-feira (14), a porta-voz da Casa Branca , Lindsay Walters, disse que Trump já "deixou claro que ele e seu governo continuariam a tomar medidas para retaliar as práticas de comércio injustas dos chineses". "Nós aconselhamos a China a resolver questões que há muito tempo preocupam os Estados Unidos", advertiu Walters.
Trump exige que a China tome providências para reduzir o saldo negativo norte-americano na balança comercial com o país asiático, que é de cerca de US$ 375 bilhões, além de pedir a suspensão de políticas comerciais direcionadas à aquisição de tecnologias e propriedade intelectual norte-americanas e a eliminação de subsídios ao setor de alta tecnologia.
O ministro das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, afirmou que Pequim "tomará as medidas necessárias" caso as novas taxas entrem em vigor. "As negociações devem ter base paritária", disse Shuang.
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Em agosto, os Estados Unidos já haviam imposto tarifas de US$ 50 bilhões aos produtos chineses, medida que foi respondida com taxas no mesmo valor pelo país asiático. Um mês depois, Trump afirmou que tinha sanções de US$ 267 bilhões prontas para serem efetivadas caso Pequim não adotasse as medidas demandadas por Washington.
Se todas as ameaças do presidente norte-americano forem concretizadas, as soma de importações chinesas taxadas chegará a US$ 505 milhões.
As bolsas de valores pelo mundo reagiram mal às especulações. Xangai fechou o dia com queda de 1,11%, resultado que também teve influência da passagem do tufão Mangkhut pelo sul chinês.
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Na Coreia do Sul, o índice Kospi caiu 0,7% e o Hang Seng, de Hong Kong, teve queda de 1,3%. As bolsas da Alemanha e do Reino Unido também sofreram com a decisão de Donald Trump e operam em queda de 0,3% enquanto, nos Estados Unidos, o Dow Jones cai 0,05%.
* Com informações da Ansa