O presidente Donald Trump assinou na quarta-feira (12) uma ordem executiva que determina a aplicação de sanções a países que tentam interferir no processo político e eleitoral dos Estados Unidos. Em um comunicado, o republicano afirmou que “como já havia mencionado, os EUA não vão tolerar nenhuma forma de interferência estrangeira nas eleições do país”.
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Após Donald Trump se posicionar sobre o assunto, o assessor de Segurança Nacional John Bolton realizou uma conferência com a imprensa local, afirmando que "os Departamentos de Estado e de Tesouro vão debater quais sanções são mais apropriadas contra países e outros atores que interferirem em eleições nacionais".
Ainda de acordo com a nota divulgada pelo presidente dos EUA, entre as sanções que poderão ser aplicadas estão o congelamento de ativos, a restrição de transações cambiais, a limitação do acesso a instituições financeiras do país, além da proibição de empresas norte-americanas de investirem em países que sofrerem sanções.
A ordem executiva entra em vigor dois meses antes das chamadas " eleições de meio mandato", com disputas por vagas legislativas em nível federal, estadual e local, assim como eleições para governos locais em 36 estados e eleições para prefeituras.
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Inteligência americana diz que Donald Trump está sendo favorecido por hackers
Analistas entrevistados pela mídia norte-americana disseram que a ordem foi uma espécie de demonstração de esforço do governo, que visa “parecer firme” com a segurança para o processo eleitoral de novembro.
Vale mencionar que o anúncio sobre a ordem executiva gerou críticas entre republicanos e democratas no Congresso. Para alguns parlamentares, a medida é considerada “insuficiente”.
Trump também foi criticado por ter assinado a ordem somente no período final das eleições e por não ter oferecido uma resposta sobre as denúncias de interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016, supostamente para prejudicar a candidatura de Hillary Clinton, de 70 anos.
Segundo agências de inteligência dos EUA, hackers teriam sido apoiados pelo governo russo para tentar influenciar o eleitorado norte-americano contra Hillary e para favorecer o republicano.
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Em julho, depois de um encontro com o presidente russo, Vladmir Putin, o presidente norte-americano Donald Trump foi questionado por ter aceitado as declarações de Putin, que negou qualquer tipo de interferência nas eleições americanas.
*Com informações da Agência Brasil