Atentado contra Maduro teria também como alvo outras autoridades que estavam com o presidente, segundo o governo
Reprodução/Twitter/Nicolás Maduro
Atentado contra Maduro teria também como alvo outras autoridades que estavam com o presidente, segundo o governo

O governo venezuelano divulgou nesta terça-feira (7) diversos vídeos apontados como provas do  suposto ataque registrado no último sábado (4) que tinha como alvo o presidente Nicolás Maduro. Nas gravações, o governo informa que os suspeitos receberam US$ 50 milhões para realizarem o atentado contra Maduro.

"Ofereceram US$ 50 milhões e estadia nos Estados Unidos [aos autores do ataque]", diz o narrador dos vídeos divulgados em rede nacional de rádio e televisão. O suposto atentado contra Maduro ocorreu enquanto o presidente era transmitido ao vivo pela televisão.

O vídeo também fala que os autores materiais do atentado "receberam treinamentos sobre o uso de drones e explosivos em uma fazenda chamada Atalanta, no município de Chinácota, departamento de Norte de Santander, na Colômbia, entre abril e junho deste ano".

Segundo Nicolás Maduro , os "terroristas", que se tratavam como "grupo número 2, grupo bravo" durante as comunicações internas, foram ordenados para colocar dois drones no ar, munidos de cargas explosivas, para atentar contra sua vida e de outros chefes políticos e militares que estavam com ele durante o ato público.

Como foi o suposto ataque

Atentado contra Maduro aconteceu enquanto ele falava em evento militar que era transmitido ao vivo pela televisão
Reprodução
Atentado contra Maduro aconteceu enquanto ele falava em evento militar que era transmitido ao vivo pela televisão

O evento com Maduro estava sendo transmitido ao vivo pela televisão quando o presidente venezuelano foi interrompido por um estrondo. Na mesma hora, ele e outras pessoas que estavam em volta olham para cima assustados.

As imagens passam para centenas de militares que estavam enfileirados em frente ao presidente da Venezuela e passaram a correr em pânico. A transmissão é, então, interrompida. No que foi classificado como uma tentativa de ataque pelo ministro da Informação, Jorge Rodríguez, sete guardas nacionais ficaram feridos.

Autores do atentado contra Maduro

Após estrondos do suposto atentado contra Maduro, houve pânico e correria entre os militares que estavam presentes
Reprodução
Após estrondos do suposto atentado contra Maduro, houve pânico e correria entre os militares que estavam presentes

Para o governo venezuelano, Rayder Alexander Russo Márquez, também chamado de Pico, e “protegido na Colômbia", e Osman Alexis Delgado, são os  "possíveis autores intelectuais" do ato. Ambos estão ligados ao ataque a um forte venezuelano ocorrido há um ano.

Nesta semana, a promotoria venezuelana havia informado que tinha identificado "todos os autores" do incidente , mas apenas cinco dos listados tiveram as identidades divulgadas. São eles: o sargento reformado da GNB, Juan Carlos Monasterio, Yanina Pernía, Alberto Bracho, Argenis Valero Ruiz e Brayan Oropeza. Os dois últimos foram os pilotos dos drones.

Além desses, o líder venezuelano apontou outros nomes como envolvidos no ataque fracassado.

O coronel reformado Oswaldo Valentín García seria o "chefe dos assassinos". "Ele está tentando captar militares para envolver-los nas suas aventuras criminais. Ele trabalha diretamente com o governo de Juan Manuel Santos (ex-presidente colombiano)", declarou.

Mauricio Jiménez Pinzón, oficial de imigração, também teria sido encarregado de garantir aos envolvidos o livre trânsito entre a Venezuela e Colômbia.

Além disso, outros dois homens identificados como Yilber Alberto Escalona e Gregorio José Yaguas, são, segundo ele, "especialistas em explosivos". Maduro mostrou a foto dos dois e  pediu aos cidadãos que forneçam qualquer informação sobre o paradeiro deles.

Leia também: Nicolás Maduro acusa Colômbia e EUA de envolvimento em suposto ataque com drones

O governo informou que alguns dos envolvidos no atentado contra Maduro já foram presos. Outros envolvidos alugaram um imóvel durante sete meses em Caracas para realizar este plano e que todos também tiveram ligação com os fatos violentos ocorridos nos protestos contra o governo em 2014 e 2017.

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