Mãe de Bin Laden concedeu entrevista ao jornal britânico The Guardian
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Mãe de Bin Laden concedeu entrevista ao jornal britânico The Guardian

Pela primeira vez, a mãe e os irmãos de Osama Bin Laden concederam uma entrevista à imprensa. Ao jornal britânico The Guardian , a mãe de Bin Laden – o mais renomado terrorista do mundo, que em setembro de 2001 arquitetou os ataques contra as Torres Gêmeas em Nova Iorque matando mais de 3 mil pessoas – falou sobre a radicalização na personalidade de seu primogênito.

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Nas lembranças de Alia Ghanen, mãe de Bin Laden e que tem 70 anos de idade, o jovem Osama era uma boa criança até “sofrer lavagem cerebral”. “Ele foi uma criança muito boa até conhecer algumas pessoas que praticamente fizeram uma lavagem cerebral quando ele tinha seus 20 e poucos anos. Você pode chamar isso de culto”, lamentou a mulher.

Na época, os Bin Laden moravam na Arábia Saudita. Osama era tímido quando entrou na Universidade King Abdulaziz para estudar economia. Lá, teria se operado uma mudança radical na personalidade do rapaz.

“As pessoas na universidade mudaram ele. Ele se tornou um homem diferente”, diz Alia. Entre os novos amigos de Osama na universidade estava Abdullah Azzam, integrante do grupo radical Irmandade Muçulmana, que apresentou à Osama a ideia do jihad – a ‘guerra santa’ contra os ocidentais que, durante a Guerra Fria , ocuparam parte do Oriente Médio.

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“Eu sempre dizia a ele para ficar longe deles, e ele nunca iria admitir para mim o que ele estava fazendo, porque ele me amava muito”, se lembra a mãe.

Foi depois dos anos universitários que Bin Laden resolveu ir ao Afeganistão, nos anos 1980, enfrentar os soviéticos que ocupavam o país – o que Osama fez com apoio técnico, logístico e financeiro dos Estados Unidos.

A família elogiou na época a iniciativa do irmão mais velho. Hoje, dizem os irmãos do terrorista, morto em 2011 em uma operação do Exército americano, “todos se sentem envergonhados por ele”.

Ainda de acordo com Ahmad, irmão de Osama, a mãe de Bin Laden demorou anos para aceitar a participação do filho nos atentados de 11 de setembro. “Ela o amava muito e se recusa a culpá-lo. Em vez disso, ela culpa os que o rodeiam. Ela só conhece o lado bom do garoto, ela nunca chegou a conhecer o lado jihadista”, disse Ahmad.

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