Manifestantes rejeitam a elevação no valor das contribuições à Previdência introduzido na reforma decretada na Nicarágua
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Manifestantes rejeitam a elevação no valor das contribuições à Previdência introduzido na reforma decretada na Nicarágua

O embaixador Luís Alvarado Ramírez, representante da Nicarágua na Organização dos Estados Americanos (OEA), disse na reunião do conselho permanente da instituição que o presidente do país, Daniel Ortega, é vítima de uma tentativa de golpe de estado por parte da oposição, que estaria mancomunada com grupos terroristas.

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A OEA se reúne nesta quarta-feira (18) para debater o acirramento da violência na Nicarágua . Para Ramírez, o objetivo dos protestos no país é “desestabilizar o Estado”, valendo-se, para tanto, e “uma guerra psicológica de intensidade extraordinária”.

“Estamos diante de um golpe de Estado, que ocorre de forma paulatina e progressiva”, resumiu o embaixador.

Os confrontos na Nicarágua começaram por causa de uma reforma previdenciária do governo de Daniel Ortega, que governa o país desde 2007, mas continuaram após o presidente desistir do projeto e agora criticam o regime do líder nicaraguense em si. Mais de 300 pessoas já morreram desde o começo dos conflitos.

OEA discute situação da Nicarágua

O assunto principal da reunião da OEA é a resolução apresentada na última sexta-feira (13) por Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos e Peru, que recomenda que o governo da Nicarágua tome diversas medidas, inclusive o adiantamento das eleições presidenciais.

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Está é a quarta vez que a OEA se reúne para analisar a crise política no país. Nas sessões anteriores, o governo do presidente Daniel Ortega teve o apoio de Venezuela e Bolívia e foi condenado por Estados Unidos, México, Colômbia, Peru, Costa Rica, Canadá, Chile, Brasil, Paraguai, Argentina, Equador e Uruguai.

A OEA, por meio de seu secretário-geral, o uruguaio Luis Almagro, já havia exigido em junho o cessar-fogo imediato, após um relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ter atestado graves violações, e propôs que novas eleições fossem realizadas em até 14 meses. Na ocasião, Almagro sugeriu que os conflitos fossem transferidos "das armas às urnas".

O relatório atestou que muitos dos mortos em quase três meses de protestos foram baleados na cabeça, no pescoço e nos olhos.

De acordo com o secretário-executivo da CIDH, Paulo Abrão, isso constitui prova de que "atiraram para matar". Exames balísticos realizados pelos investigadores da comissão revelaram que as balas, de alto calibre, partiram de armas normalmente usadas pelas forças de segurança da Nicarágua .

* Com informações da Ansa

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