Apesar de polêmica, a decisão dos Estados Unidos de transferir a sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém já está fazendo escola. Afinal, a Guatemala se tornou, nesta quarta-feira (16), o segundo país a realizar a mudança de sua representação.
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A transferência da embaixada da Guatemala, se deu, porém, sob menos comoção que a dos Estados Unidos. Isso porque, além de ter sido a primeira nação a reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, o país de Donald Trump é mundialmente visto como uma referência e, como pode-se ver, muitas outras nações seguem seu exemplo.
Depois da Guatemala, outro país que deve agir da mesma maneira é o Paraguai. Isso é o que diz a mídia internacional, que está de olho nas nações que devem seguir a medida de Trump – que foi amplamente criticada pela comunidade internacional.
A mudança proposta por Trump desencadeou uma crise entre palestinos e israelenses, pois Jerusalém é considerada sagrada para várias religiões e, por isso, diplomaticamente, evita-se considerá-la capital oficial de Israel.
Inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém
Mesmo frente a constantes protestos, o governo norte-americano inaugurou, na última segunda-feira (14), a sua representação em Jerusalém. Na mesma data, 60 palestinos foram mortos e outros 2,7 mil ficaram feridos nas manifestações contrárias à inauguração.
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Desde então, os protestos na região não cessaram. Muitos outros palestinos foram feridos e outros acabaram mortos no decorrer da semana.
Em meio a esse contexto, o governo da Palestina convocou para consultas os embaixadores de quatro países da União Europeia: Romênia, República Tcheca, Áustria e Hungria – os quais participaram da cerimônia de inauguração da representação dos Estados Unidos, há dois dias.
"A presença deles na cerimônia [de inauguração da embaixada ] é uma grande violação à lei internacional e às numerosas resoluções das Nações Unidas", disse o Ministério das Relações Exteriores da Palestina, em Ramallah.
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* Com informações da Agência Ansa.