Donald Trump condenou ataque químico, na Síria, que deixou mais de mil pessoas com dificuldades para respirar
Reprodução/Al Jazeera
Donald Trump condenou ataque químico, na Síria, que deixou mais de mil pessoas com dificuldades para respirar

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump cancelou, nesta terça-feira (10) sua participação na Cúpula das Américas, em Lima, no Peru, no próximo fim de semana, para se concentrar no tema da resposta do país ao ataque químico na Síria . No domingo (8), o republicano prometeu tomar decisões "importantes" em um prazo de 24 a 48 horas em resposta ao suposto ataque, que deixou cerca de 100 mortos.

Também nesta terça-feira, os Estados Unidos pediu ao Conselho de Segurança da ONU para se pronunciar até às 15h (horário local) sobre os projetos rivais do governo de Donald Trump e da Rússia. Segundo fontes diplomáticas, Moscou apresentou duas propostas sobre o uso de armas químicas na Síria, enquanto Washington fez o seu próprio projeto.

Na segunda-feira (9), o Conselho de Segurança se reuniu para analisar as denúncias, mas não chegou a um acordo. A Rússia negou ter havido um ataque químico em Duma, e os Estados Unidos ameaçaram responder ao incidente com ou sem o apoio da ONU.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o uso de armas químicas contra a população civil e afirmou que as denúncias contra a Síria devem ser investigadas de maneira imparcial por se tratar de uma violação do direito internacional.

Já a Organização para Proibição das Armas Químicas (Opaq) anunciou que vai enviar "em breve" à Síria uma equipe para investigar o suposto ataque químico em Duma.
A decisão foi tomada após o Ministério das Relações Exteriores "mandar um convite formal à Opaq", que pediu à “República árabe síria que faça os ajustes necessários para esse deslocamento", informou a agência.

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Tensão EUA x Rússia

A tensão entre os dois países aumentou drasticamente depois do suposto ataque químico em Duma, atribuído ao regime de Damasco. Segundo a imprensa local, alguns jatos russos teriam sobrevoados abaixo do normal fazendo manobras perto do navio de guerra dos Estados Unidos, o Donald Cook, enquanto se aproximava das águas territoriais sírias.

A embarcação norte-americana deixou o porto cipriota de Larnaca, onde estava ancorado para se aproximar das águas territoriais sírias, informou o jornal turco "Hurriyet". De acordo com a publicação, os caças voaram quatro vezes abaixo da altitude. Até o momento, não há confirmação oficial dos militares dos EUA. No entanto, o jornal diz que o navio de guerra teria chegado a cerca de 100 km do porto sírio de Tartus, onde existe uma base da marinha russa.

"Não acredito que haja risco de conflito armado entre a Rússia, os Estados Unidos e na Síria", ressaltou Mikhail Bogdanov, vice-ministro das Relações Exteriores e enviado especial de Putin no Oriente Médio, à agência Tass. "No final, o senso comum deve prevalecer sobre a loucura", acrescentou. 

No ano passado, Donald Trump ordenou o lançamento de dezenas de mísseis contra a base aérea síria da Al Shayrat , em Homns, como represália pelo ataque químico na cidade de Khan Shaykhun, onde morreram mais de 80 pessoas. Na ocasião, a ONU responsabilizou o governo de Damasco pelo atentado.

* Com informações da Ansa

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