O ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont foi liberado da prisão de Neumuenster, no Norte da Alemanha, nesta sexta-feira (6), após pagar fiança de 75 mil euros, valor equivalente a R$ 305 mil.
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Promotores alemães comunicaram que o líder catalão informou o endereço onde ele residirá na Alemanha enquanto aguarda a decisão em seu caso de extradição. Após deixar a prisão, o ex-presidente da Catalunha usou sua página oficial do Twitter para agradecer ao apoio que tem recebido.
“Hoje deixei a prisão. Agora estou a caminho de Berlim. Esse é o momento de nos lembrarmos de colegas que estão encarcerados injustamente, e pedir para que sejam libertos. Muito obrigado a todos!”, escreveu na rede social.
Ainda por meio de sua conta, Puigdemont declarou: “nós estamos mais fortes do que nunca. Continuem determinados, vamos exigir que todos os presos políticos sejam libertados. Isso nunca foi um caso de rebelião. Não é um caso de desvio. É um caso político que requer que os espanhóis estabeleçam um código penal e sentem-se em uma mesa para negociações”.
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A prisão do ex-presidente da Catalunha
O tribunal do estado de Schleswig-Holstein rejeitou, na quinta-feira (5), o crime de rebelião presente no pedido de extradição à Espanha de Puigdemont, estabelecendo assim, o valor da fiança. De acordo com o Tribunal Supremo da Espanha, os profissionais consultariam o Tribunal de Justiça Europeu sobre a decisão de rejeitar o pedido de extradição por rebelião.
Na última terça-feira (3), o tribunal alemão havia solicitado a extradição do líder catalão para a Espanha. Detido desde o fim do mês de março, após cruzar a fronteira com a Dinamarca de carro para evitar as autoridades nos aeroportos ao voltar de uma viagem à Finlândia, Puigdemont estava sendo acusado de crimes de rebelião e desvio de verba.
Depois da justiça espanhola ter emitido uma ordem europeia de prisão, seguindo o marco do processo independentista na Catalunha, e do procurador-geral do estado de Schleswig-Holstein ter reconhecido a validade no direito alemão das duas acusações, pedindo a extradição do líder separatista, o tribunal definiu que Puigdemont não poderia ser extraditado pela acusação de rebelião, uma vez que “tal acusação equivalente a traição, especifica "violência" no direto alemão”.
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Ao El País , a porta-voz do governo alemão, Ulrike Demmer, afirmou que o caso do e x-presidente da Catalunha está nas mãos da Justiça, negando que a decisão do Tribunal de Schleswig-Holstein interfira nas relações com a Espanha. Para ela, a posição do governo espanhol em “resolver o conflito acerca do futuro do país de forma legal e constitucional” é o correto a se fazer.