Ex-líder catalão, Carles Puigdemont, chegou a afirmar em rede nacional da Bélgica que não está fugindo da justiça
Reprodução/RTBF
Ex-líder catalão, Carles Puigdemont, chegou a afirmar em rede nacional da Bélgica que não está fugindo da justiça

O ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont foi detido neste domingo (25) pela polícia da Alemanha. Ele cruzava a fronteira com a Dinamarca de carro para evitar as autoridades nos aeroportos, quando foi surpreendido, voltando de uma viagem à Finlândia, conforme informou o jornal espanhol “El País”.

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Desde outubro Puigdemont está foragido na Justiça espanhola, quando declarou, de maneira unilateral, a independência da Catalunha. Na última sexta-feira (23) ele foi acusado de rebelião e, por isso, pode ser condenado a até 30 anos de prisão. Além disso, o ex-presidente também é investigado por uso indevido de verba pública e outros crimes.

Ao ser acusado formalmente pelo juiz do Supremo Tribunal da Espanha de rebelião, foi reativada uma ordem de detenção europeia, que obriga outros países do mesmo bloco econômico a cumpri-la.

Entre os aliados do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy , a chanceler alemã Angela Merkel é a mais próxima, sendo defensora das medidas contra o separatismo catalão, entre elas, a dissolução do governo regional e a destituição de Puigdemont.

Até o momento não há muitas informações sobre a detenção ou prazos de extradição, caso seja essa a opção da Alemanha. Além dele, outros cinco líderes da Catalunha foram presos em Madri na sexta-feira. No total, 13 pessoas foram acusadas de rebelião.

Puigdemont estaria se deslocando para a Bélgica, pela ausência em sua legislação de um crime semelhante à de rebelião. No entanto, como foi pego na Alemanha , onde o Código Penal prevê pena de dez anos à prisão perpétua a quem “sabotar a existência contínua da República Federal” ou “modificar a ordem constitucional”, o mais provável é que Berlim extradite o ex-presidente catalão.

Desistência da presidência

No início deste mês, o ex-líder decidiu  retirar provisoriamente sua candidatura ao segundo mandato do cargo mesmo depois de  sair vitorioso nas eleições legislativas locais desde a intervenção de Madri.

A decisão causou um revés ao movimento separatista da Catalunha . Ao desistir de se eleger, Puigdemont indicou Jordi Sànchez, um líder separatista preso por aos seus esforços secessionistas no ano passado.

Segundo ele, “nas atuais condições, esta é a maneira para que se possa acertar um novo governo o mais rapidamente possível”.

Puigdemont foi um dos principais responsáveis pelo movimento que resultou em uma  declaração unilateral de independência feita pelo Parlamento catalão em outubro do ano passado.

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