O presidente russo, Vladimir Putin, garantiu que tais expulsões de diplomatas russos vão gerar retaliações
Divulgação/The Presidential Press and Information Office
O presidente russo, Vladimir Putin, garantiu que tais expulsões de diplomatas russos vão gerar retaliações

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (26) a expulsão de 60 diplomatas russos do seu território. Além disso, o magnata norte-americano determinou hoje o fechamento do consulado russo em Seattle.

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Essa expulsão não ocorreu só nos Estados Unidos, mas também em outros 15 países da União Europeia, no Canadá e na Ucrânia. Afinal, ainda hoje, o Ministério das Relações Exteriores da Itália anunciou a expulsão de pelo menos dois diplomatas russos .

Já os governos da Alemanha, França e Polônia anunciaram a expulsão de outros quatro cada. Enquanto a Lituânia e a República Tcheca também expulsaram mais três cada. A Ucrânia expulsou 13 diplomatas e a Holanda, Espanha e Dinamarca expulsaram dois. 

Um diplomata também será expulso de cada um dos seguintes países: Suécia, Letônia, Estônia, Finlândia, Romênia e Croácia.

Tal medida foi tomada pelos líderes desses países como uma retaliação contra o envenenamento de um ex-espião russo no Reino Unido – ataque que Londres garante que foi arquitetado por Moscou. Apesar da reação internacional, o governo russo segue negando que tenha qualquer envolvimento no caso.

Logo, assim como fez com a Inglaterra na semana passada , o presidente Vladimir Putin, promete responder a cada um desses países na mesma medida, expulsando diplomatas de todas as nacionalidades que retaliaram a Rússia.

Sete dias para deixar os EUA

Os russos expulsos dos Estados Unidos terão sete dias para deixar o território norte-americano. Seus nomes não foram divulgados, mas fontes do governo americano afirmam que os expulsos eram "espiões trabalhando nos Estados Unidos sob uma capa diplomática", de acordo com a Associated Press .

Ainda segundo essas mesmas fontes, o consulado de Seattle recebeu maior atenção por parte dos serviços de inteligência por causa de sua proximidade com a Base Naval norte-americana.

Esse é o movimento mais severo do governo Trump contra o governo russo, de Putin, desde a eleição do republicano, em 2016. Apesar dessa questão, há menos de uma semana, o líder americano cumprimentou Putin por sua reeleição, mas não entrou no assunto do envenenamento.

Caso do ex-espião russo

O ex-espião Serghei Skirpal foi exposto a uma substância química que afeta o sistema nervoso. O envenenamento ocorreu em Salisbury, na Inglaterra, onde ele vive. Ele era espião da Rússia, mas agiu como agente duplo para os serviços secretos britânicos e chegou a ser condenado por Moscou.

A filha de Skirpal, Yulia, também foi atingida pelo ataque, além de um policial que tentou prestar ajuda. O governo do Reino Unido acusa a Rússia de estar por trás do crime. Países aliados, como Alemanha, França e Estados Unidos, se juntaram a Londres na acusação.

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Moscou nega qualquer envolvimento no episódio e diz que está sendo vítima de uma campanha internacional, que culminou na expulsão de todos esses diplomatas russos de diversas localidades. 

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