A polícia britânica afirmou nesta quarta-feira (7) que o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha, Yulia, foram envenenados com um agente químico em uma tentativa de homicídio. O mistério em torno do caso aumenta, mas o porta-voz do núcleo antiterrorismo Scotland Yard diz não poder dar mais detalhes “no momento”.
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Ainda segundo a polícia antiterrorismo de Londres, Skripal era um alvo direcionado, por isso o ataque significa um “risco modesto” para a população em geral. Tanto o ex-espião russo
quanto a filha continuam internados em estado crítico. Os dois foram envenenados em um shopping de Salisbury, na segunda-feira (5), desse modo, bares e restaurantes continuam fechados no local.
De acordo com jornais britânicos, a Rússia seria a responsável pelo ataque contra Skripal – em um caso semelhante ao também ex-espião Alexander Litvinenko, morto por envenenamento em 2006. Com a possibilidade de o governo russo estar por trás da tentativa de assassinato, a primeira-ministra britânica Theresa May ameaça boicotar a Copa do Mundo 2018, caso seja comprovada a participação do Kremlin .
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O russo é um ex-coronel condenado a 13 anos de prisão em 2006 na Rússia "por repassar informações secretas às autoridades britânicas". Em sua sentença, o ex-militar foi apontado como grande responsável por transmitir ao governo britânico, desde a década de 1990, as identidades de espiões que trabalhavam secretamente na Europa, informações que chegavam ao serviço secreto MI-6. Na época, o governo russo expôs que Skripal ganhava US$ 100 mil para realizar os vazamentos.
Caso anterior
A repercussão do caso ainda misterioso do ex-espião russo trouxe à tona o envenenamento de outro espião russo, envenenado em novembro de 2006. Alexander Litvinenko era um ex-oficial da agência de espionagem do FSB e morreu após beber uma xícara de chá com polônio radioativo. Ele teria encontrado seus assassinos em um bar no piso térreo do hotel Millennium, em Mayfair, no centro de Londres.
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*Com informações da Agência Ansa