Jacob Zuma, presidente da África do Sul, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (14)
Jacob Zuma
Jacob Zuma, presidente da África do Sul, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (14)

Jacob Zuma , presidente da África do Sul, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (14), após perder o apoio de seu próprio partido, o Congresso Nacional Africano (ANC). Com a renúncia, o país será governado pelo então vice-presidente, Cyril Ramaphosa, até as eleições presidenciais de 2019, quando ele deve ser o candidato do ANC.

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No mais importante cargo do país desde 2009, Zuma foi avisado pela legenda que uma moção de desconfiança seria apresentada contra ele ao Parlamento caso ele não abdicasse da Presidência do país.

Tendo como membro mais proeminente Nelson Mandela , fundador do partido, o ANC é comandado atualmente pelo vice-presidente Cyril Ramaphosa, eleito líder do partido em dezembro passado.

Zuma vinha perdendo força desde então, principalmente por causa dos diversos escândalos de corrupção que envolveram sua gestão à frente do país. Sem apoio do Congresso e isolado politicamente, o líder sul-africano não teve outra opção além da renúncia.

O presidente está implicado em uma série de denúncias, inclusive por supostamente ter usado dinheiro público para reformar sua mansão e por ter nomeado ministros para favorecer ilicitamente empresas no governo.

Zuma, além disso, é suspeito de ter recebido suborno em 1999 de empresas fabricantes de armas, quando era vice-presidente do país.

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Ainda, um de seus filhos é apontado pela imprensa por ter supostamente recebido propinas da milionária família Gupta, uma das mais influentes da África do Sul.

Zuma, 75 anos, foi eleito presidente em 2009. Ele foi o quarto presidente sul-africano depois do fim do Apartheid, regime segregacionista que confinava os negros a um papel subalterno na sociedade da África do Sul.

Desde então, o país sempre foi governado pelo ANC. Já Ramaphosa , 65, é um rico empresário e veterano da luta contra o regime segregacionista ao lado de figuras como Nelson Mandela.

Nos anos 1980, ele liderou o poderoso sindicato dos mineradores, que desafiou e venceu o Apartheid.

* Com informações da Ansa

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