Donald Trump , presidente dos Estados Unidos, assinou nesta sexta-feira (9) o acordo do orçamento estadunidense aprovado pelo Congresso. Assim, o republicano pôs fim ao fechamento temporário das atividades do governo – o “shutdown”, como dizem os norte-americanos.
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O acordo foi aprovado pela Câmara dos deputados por 240 votos a 186, e contou, para tanto, com acordos entre os dois principais partidos da casa, os democratas e os republicanos. As informações são do jornal The New York Times .
Os recursos do Estado foram prorrogados até o dia 23 de março e o teto de gastos federais foi elevado em quase US$ 300 bilhões para o próximo biênio. No Senado, o acordo contou com o apoio de 71 congressistas, sendo rejeitado por uma minoria de 28 senadores.
Quando o parlamento dos EUA não entra em acordo quanto ao orçamento do Estado, acontece lá o que os americanos chamam de “ shutdown ”, isto é, a paralização temporária de serviços e atividades do governo. Se o presidente não conseguisse costurar o novo orçamento, milhares de funcionários poderiam ser demitidos ou ficariam sem receber salários.
Trump usou sua conta no Twitter para comemorar a sanção do acordo: “Acabo de assinar a lei. Nossos militares estarão agora mais fortes do que nunca. Amamos e precisamos de nossos militares e demos tudo a eles – e mais. Isso também significa mais trabalhos, trabalhos, trabalhos!”, escreveu.
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O presidente, contudo, lamentou a necessidade de fazer concessões aos democratas para atingir o acordo. O aumento do teto de gastos foi um dos pontos que gerou resistência entre os republicanos, já que a decisão pode levar ao aumento da dívida pública. “Sem mais republicanos no Congresso, fomos obrigados a aumentar gastos em áreas que não queríamos. Infelizmente, precisamos de alguns democratas para fazer passar a lei. Precisamos eleger mais republicanos em 2018!”, escreveu Trump.
Antes da aprovação do orçamento, o presidente já vinha criticando os democratas sobre a questão. Em comunicado oficial, o republicano disse que os democratas estão agindo como "perdedores e não como legisladores" e reafirmou que não vai discutir sobre imigrantes apesar da pressão da oposição. "Durante essa paralisação política causada pelos democratas, o presidente e sua administração vão lutar para proteger o povo americano", concluiu Trump.
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