A vitória do candidato apoiado pelo ex-premiê italiano na região da Sicília, na última segunda-feira (6), traz “esperanças” aos apoiadores do ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi de que ele possa retornar ao cenário político nas eleições presidenciais que acontecerão no próximo ano.
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Nello Musumeci faz parte da coalizão dos partidos de centro-direita na região autônoma da Sicília, e ganhou as eleições para governador com 39% dos votos, enquanto o Movimento Cinco Estrelas, com Giancarlo Cancelleri, levou por volta de 35%. Após o anúncio a vitória de seu candidato, Berlusconi
comentou que poderia ser interpretada como “uma conquista para os eleitores moderados”.
Os acontecimentos na ilha também são interpretados como um teste crucial para outro ex-premiê, Matteo Renzi, cujo Partido Democrático foi derrotado, perdendo o controle no local. Além disso, pode sinalizar uma esperança aos apoiadores de Berlusconi sobre seu possível retorno.
Segundo especialistas, o resultado das eleições na Sicília reflete o impasse de três vias que emergiram das eleições nacionais em 2013, embora no caso da Sicília, é possível entender que houve uma mudança para a direita, “talvez antecipando uma tendência nacional”, escreveu Massimo Franco em um editorial da primeira página no jornal de Milão, “Corriere della Sera”, na segunda-feira.
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Franco ainda pontua que “o elemento menos reconfortante é a confirmação da não participação [de eleitores], sendo que mais da metade permaneceu em casa. É um sinal de mal-estar profundo em relação às eleições”, escreveu. Mesmo o Movimento de Cinco Estrelas, “não foi capaz de atrair eleitores que se sentem afastados da política”, escreveu ele.
Escândalos e caminho às eleições
O empresário bilionário de 81 anos é envolvido em escândalos dentro e fora do governo. Ele foi primeiro-ministro por quatro vezes, e está “distante” da política desde que foi condenado por fraude fiscal há quatro anos. Por causa disso, ele fora proibido de se candidatar até 2018, algo que ele, inclusive, já está buscando revogar. O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos deve rever o caso de Berlusconi no final deste ano.
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*Com informações do jornal "The New York Times" e "BBC UK"