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Divulgação/Governo da Catalunha

Autoridades foram presas no processo que julga o pedido de independência da Catalunha

A Justiça  da Espanha determinou nesta quinta-feira (2) a prisão, sem direito a fiança oito ex-conselheiros do Generalitat, o governo destituído da Catalunha. Eles são acusados pelos crimes de pelos crimes de rebelião, perturbação da ordem e apropriação indevida de fundos públicos, entre outros, e já foram levados para presídios federais. Além disso, o Ministério Público (MP) também pediu o pedido de prisão do ex-presidente, Carles Puigdemont , e de quatro outros integrantes de seu governo que estão na Bélgica.

O pedido contra Puigdemont será agora avaliado pela juíza do Tribunal Federal, Carmen Lamela. Caso ela aceite, um mandato de prisão pode ser emitido para o ex-mandatário da Catalunha e seus companheiros em Bruxelas.

Quatorze integrantes do governo destituído da Catalunha foram chamados a depor na audiência nacional, diante de Lamela. Oito dos conselheiros se recusaram a responder às perguntas e foram presos preventivamente. Eles foram levados para a prisão diretamente do tribunal.

Entre eles estão algumas das maiores figuras políticas da Catalunha, como o ex-vice presidente da Generalitat Oriol Junqueras. Somente um nono ex-conselheiro, Santi Vila, foi preso com direito à pedido de fiança. Ele renunciou a seu cargo de conselheiro de imprensa um dia antes da declaração de independência e respondeu às perguntas da audiência.

Em sua justificativa da ordem, Lamela afirma que existe perigo de que os políticos catalães atrapalhem no processo judicial contra o governo regional , que declarou independência de forma unilateral no último dia 27 . Além disso, existe a possibilidade de fuga, fazendo referência a Puigdemont.

Em Bruxelas

Puigdemont e seus companheiros na Bélgica também foram intimados a depor. Porém, de acordo com o advogado do ex-presidente, ele quer ser interrogado em Bruxelas. Puigdemont insiste que não está fugindo de suas responsabilidades perante a Justiça espanhola, mas que está na Bélgica para evidenciar sua situação diante da comunidade internacional.  Ele também diz que não pedirá asilo no país.

Caso Lamela acate o pedido de prisão de Puigdemont, seria emitida uma chamada euroordem , um instrumento que substitui a extradição, mas funcionaria de forma semelhante. Nele, a Justiça belga seria a responsável por avaliar o caso dos políticos da Catalunha e enviar os acusados de volta à Espanha.

*com informações da Agência Brasil

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