A Coreia do Norte fez um novo lançamento de míssil balístico que sobrevoou o Japão. De acordo com a emissora pública japonesa "NHK", o lançamento ocorreu por volta das 7h dessa sexta-feira (15) - por volta das 19h desta quinta-feira (14) no horário de Brasília. O teste teria sido feito a partir de uma base próxima à capital, Pyongyang.
De acordo com a CNN, a emissora NHK mostrou um aviso do governo de que "um míssil" da Coreia do Norte
passou por Hokkaido, no norte do Japão, e desembarcou no Oceano Pacífico. A NHK também afirmou que o governo japonês aconselhou a população a “ficar longe de qualquer coisa que possa ser detritos de mísseis".
Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, fontes militares informaram que o míssil teria voado por cerca de 3.700 quilômetros, a uma altura de 770km de altitude. Os agentes disseram ainda que o armamento deve ter afundado nas águas do Pacífico Norte.
No fim de agosto, outro lançamento também sobrevoou o arquipélago e o equipamento caiu no mar, dividindo-se em três pedaços.
Sanções e ameaças
O lançamento do míssil ocorreu dois dias após o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovar, por unanimidade, as mais duras sanções econômicas contra o país, vetando a compra dos países-membros de produtos têxteis norte-coreanos e limitando a venda de derivados do petróleo para Pyongyang .
Também nesta sexta, o líder do país, Kim Jong-un, havia ameaçado "afundar" o Japão e "reduzir a cinzas e escuridão" os Estados Unidos por conta dessas novas sanções.
Para o norte-coreano, é necessário "desferir um golpe" sobre os japoneses, que "não demonstraram razoabilidade", nem mesmo depois do lançamento de um míssil balístico intercontinental sobre o arquipélago, cujas ilhas "deveriam afundar no mar pela bomba nuclear Juche", conforme afirmou um porta-voz do Comitê Norte-Coreano para a Paz da Ásia-Pacífico em um comunicado divulgado pela agência KCNA.
O regime também acusou a organização de ter se tornado em "uma ferramenta do mal" que serve aos EUA, e que ao invés de garantir a paz e a segurança, "destrói sem piedade".
"O Conselho de Segurança da ONU é composto por países sem princípios e, em consequência, uma ferramenta tão inútil deve ser dissolvida imediatamente", diz o comunicado da KCNA.
O clima na península coreana tem ficado cada vez mais tenso por conta da série de testes feitos pelos norte-coreanos. Os lançamentos têm sido criticados até pelos únicos aliados da Coreia do Norte, a China, por conta da intensidade e da quantidade de testes.
* Com informações da Agência Brasil