O comando oficial de campanha para a eleição da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) na Venezuela negou que as mortes ocorridas neste domingo (30) tenham relação com a votação. "É mentira que houve sete mortos em torno do evento eleitoral, é completamente falso", disse, em entrevista coletiva, o porta-voz do governo e prefeito do município de Libertador, Jorge Rodríguez.
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A oposição venezuelana, que rejeita a votação da Assembleia Constituinte por considerá-la fraudulenta, reportou 14 mortes durante os protestos em todo o país, ainda que apenas oito casos tenham sido confirmados pelo Ministério Público: três em Mérida, um em Lara, três em Táchira (oeste) e um em Sucre (nordeste).
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Embora as circunstâncias dessas mortes ainda não sejam totalmente claras, a informação preliminar indica que a maioria ocorreu em meio aos protestos convocados pela oposição para rejeitar a eleição da Constituinte. No entanto, o Rodríguez ressaltou que "nem um só falecimento" esteve relacionado com o evento eleitoral, vinculado, por outro lado, "a milhões de sorrisos".
O cenário positivo, segundo o prefeito, incomodou a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz, que se distanciou do governo de Nicolás Maduro nos últimos meses, a quem acusa de comandar um "Estado policial", bem como, de cometer "terrorismo de Estado". Luisa, que também se opõe à mudança da Constituição, se tornou uma das vozes mais críticas ao chavismo, que a vê como traidora e espera tirá-la do cargo se a Assembleia for instalada.
O objetivo da Constituinte, um órgão como poderes ilimitados, é reformar o Estado e mudar o ordenamento jurídico. "As milhões de pessoas nas ruas e nos centros de votação já assinaram o aviso prévio dessa senhora, já é passado", disse Rodríguez, após acusar Luisa, a quem chamou de "futura ex-procuradora", de incentivar uma "guerra de ricos contra pobres" no país.
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"Ela prende os pobres e liberta os ricos, os corruptos, e os deixa irem aos Estados Unidos em troca de milhões de dólares", acrescentou. A Venezuela realiza a votação da Constituinte em meio a uma onda de protestos que teve início no dia 1º de abril e já deixou 117 mortos, centenas de feridos e quase cinco mil detidos.
* Com informações da Agência Brasil.