Ao menos três pessoas morreram durante o fim de semana e cerca de 10 mil precisaram deixar suas casas devido às inundações que atingem a região de Gujarat, no oeste da Índia. De acordo com a Autoridade de Gestão de Desastres do país, as fortes chuvas que atingem a região persistem nesta segunda-feira (24) e o total de pessoas impactadas pelas cheias já chega a 200 mil nas 14 divisões administrativas atingidas.
Os trabalhos de resgates seguem em andamento neste início de semana e, segundo o porta-voz da Autoridade de Gestão de Desastres de Gujarat informou à agência de notícias EFE, os serviços de emergências da Índia
já resgataram 5.051 pessoas no estado.
O saldo das inundações e chuvas que persistem no país asiático nas últimas seis semanas já é de mais de 50 pessoas mortas e quase 2 milhões de indianos impactados de alguma maneira pelos desastres naturais, especialmente no oeste e noroeste do país.
O país asiático se encontra sob os efeitos das monções , época do ano marcada por intensas precipitações, que costumam se estender até setembro. Esses incidentes meteorológicos são habituais no sul da Ásia , sobretudo entre julho e agosto.
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1.600 vidas a menos por ano
De acordo com o governo indiano, as inundações no país provocam cerca de 1.600 mortes por ano, em média. Em 1977, pior ano em número de mortos em decorrência desse fenômeno, mais de 11,3 mil pessoas morreram.
Apesar de o catastrófico episódio ter ficado 40 anos no passado, as autoridades indianas entendem que o potencial de danos provocados por inundações têm crescido ao longo dos anos.
Segundo a Autoridade de Gestão de Desastres do país, o prejuízo financeiro acumulado anualmente durante o período das monções subiu 262% somente na última década, em comparação com a média dos 53 anos anteriores.
Essa escalada é decorrente de uma série de fatores que incluem o crescimento populacional da Índia, o rápido avanço de áreas urbanas, o desenvolvimento de atividades econômicas em regiões históricamente impactadas pelas inundações e, claro, o aquecimento global.
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