Um incêndio de grandes proporções atingiu neste fim de semana na província de Huelva, no sul da Espanha. Segundo informações do jornal “El País”, mais de duas mil pessoas tiveram de ser retiradas de suas casas ou de hotéis no entorno. As chamas ameaçam o Parque Nacional de Doñana, uma reserva natural que foi declarada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
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Autoridades da Espanha declararam ao jornal que a principal suspeita é de que o incêndio, que começou na noite de sábado (24), tenha sido provocado por ação criminosa. Os ventos, cuja velocidade superou 140 quilômetros por hora, ajudaram a propagar o fogo, dificultando o controle por parte dos bombeiros.
Neste domingo (25), com menor incidência de ventos na região, os serviços de emergência atuavam no combate ao fogo com 11 aviões, dez helicópteros e dezenas de veículos terrestres, em ação conjunta entre as forças civis e militares. Não há informações sobre mortos ou feridos.
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Cerca de 750 pessoas foram alojadas provisoriamente em centros esportivos, onde terão de permanecer até que haja condições seguras de retorno às moradias. Algumas famílias já foram autorizadas a voltar para suas casas, mas o número oficial ainda não foi informado pelas autoridades.
Os serviços de emergência agem para evitar que as chamas atinjam o Parque Nacional de Doñana, cuja área é de pouco mais de 54 mil hectares. O espaço abriga diversas espécies ameaçadas de extinção, como o lince ibérico e a águia imperial espanhola.
Outros incêndios
A população da Europa vem sofrendo com diversas ocorrências de incêndio nas últimas semanas. No dia 14, um edifício residencial pegou fogo em Londres, na Inglaterra, deixando 79 pessoas mortas. As investigações apontaram que as chamas começaram após pane em um aparelho refrigerador que estava em um apartamento no segundo andar. O fogo se espalhou e subiu rapidamente ao longo dos 24 pavimentos do prédio.
No fim de semana passado, um incêndio florestal atingiu a região central de Portugal , país que faz fronteira com a Espanha. A ocorrência deixou 64 mortos e 204 feridos. Assim como no país vizinho, as autoridades portuguesas também suspeitam que o fogo tenha tido início após ação criminosa.