Uma mesquita importante da cidade de Mosul, no Iraque, foi bombardeada nesta quarta-feira (21), sendo totalmente destruída. Até o momento, o Exército do país responsabilizou o Estado Islâmico de ter realizado o ataque, enquanto o grupo terrorista afirma que foram as frotas norte-americanas que bombardearam o local.
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Depois do bombardeio realizado contra al-Nuri, as tropas iraquianas foram os primeiros a comentarem, apontando a culpa para o grupo terrorista. “Nossas forças estavam avançando em direção aos alvos no interior da ‘Cidade Antiga’, e quando chegaram a uns 50 metros da mesquita, o Daesh (como é chamado o EI nos países árabes) cometeu outro crime histórico, explodindo a mesquita
”, afirmou o comandante responsável pela ofensiva a Mosul, o comandante Abdul Amir Yarallah, em um comunicado oficial.
Pouco tempo depois, contudo, o grupo extremista islâmico declarou, por meio de sua revista eletrônica, a “Amaq”, que um avião dos Estados Unidos, pertencente à coalizão com as tropas iraquianas, tinha sido o verdadeiro responsável pelo ataque.
A batalha por Mosul
A cidade de Mosul vive um período histórico tenso, tendo sido tomada pelo EI e, dessa maneira, seguindo as regras estritas. Desde outubro de 2016, as forças iraquianas tentam retomar a cidade com a ajuda da Coalizão Internacional, que é constituída por países ocidentais, entre eles os Estados Unidos.
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Na semana passada, agentes iraquianos expressaram esperança de que a mesquita pudesse ser capturada no início desta semana para o “Eid al-Fitr”, o festival que marca o fim do mês muçulmano de jejum do Ramadã
.
Tal conquista em Mosul marcaria, de fato, o fim do chamado "califado", apesar de o Estado Islâmico continuar a controlar o território a oeste e ao sul da cidade.
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A mesquita de al-Nuri
ficou famosa internacionalmente em 2014, quando o líder do Estado Islâmico Abu Bakr al-Baghdadi fez uma aparição rara no espaço, conclamando a criação do seu califado. Atualmente, ele deixou combates em Mosul e acredita-se que esteja escondido na fronteira entre o Iraque e a Síria, de acordo com fontes militares dos EUA e do Iraque.
*Com informações da ANSA