Pesquisa relacionou ideologia política a hábitos sexuais; maioria dos entrevistados não transou com eleitores de  Le Pen
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Pesquisa relacionou ideologia política a hábitos sexuais; maioria dos entrevistados não transou com eleitores de Le Pen

A poucos dias das eleições presidenciais, uma pesquisa realizada na França revelou que a visão política pode ter influência nos "gostos sexuais" dos eleitores. Depois de entrevistar quatro mil franceses, o estudo concluiu que aqueles com posições extremistas tendem a ter gostos mais peculiares no sexo.

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As informações ligando a política francesa ao sexo foram divulgadas pelo grupo "Wyylde", uma plataforma destinada a adeptos de swing . Os resultados foram publicados quase na véspera da eleição na França , que acontecerá neste domingo (23).

Os eleitores de Marine Le Pen, candidata da extrema-direita, não refletem o conservadorismo político na cama. Os simpatizantes, que costuma ser mais jovens e menos religiosos que o francês comum, estão mais dispostos a experimentar atos sexuais de dominação e outras práticas da cultura pornográfica, como espancamento.

Assim, os nacionalistas são aparentemente menos influenciados pela ideologia feminista e não pensam tanto sobre a violência simbólica durante o ato sexual e o que ela representa dentro da sociedade patriarcal.

Enquanto isso, no outro lado do espectro, a pesquisa mostra que é mais provável que pessoas com ideias de extrema-esquerda já tenham participado de um ménage à trois (sexo a três). Dentre os eleitores de Jean-Luc Mélenchon, 37% disseram já ter participado de um ménage , em contraponto a 19% na extrema direita e 13% a 15% no centro.

Além disso, simpatizantes da esquerda são mais aberto à prática de swing , com 23% afirmando já ter trocado de parceiro uma vez na vida. A mesma resposta foi dada por apenas 12% dos eleitores de Le Pen.

Já experiências homossexuais são mais recorrentes no centro do que entre extremistas.  De todos os homens franceses, 12% já transaram com alguém do mesmo sexo. Entre os eleitores de Emmanuel Macron, esse número sobe para 16%, duas vezes mais que os eleitores de François Fillon, candidato da direita.

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Esse dado chama a atenção porque, no início de sua campanha, Macron precisou negar boatos de que estaria tendo um caso homossexual. O candidato é casado há 10 anos com Brigitte Trogneux, que foi sua professora na escola e é 24 anos mais velha.

Casais mais felizes

A pesquisa que fez a relação entre preferências sexuais e política também analisou a importância de compartilhar ideologias em um relacionamento, com a maioria dos entrevistados afirmando que não transou com alguém que apoia a extrema-direita.

Dentre os participantes da pesquisa, 62% não dormiram com simpatizantes de Le Pen e três quartos se disseram contrário à ideia de namorar alguém que tenha o posicionamento político contrário ao seu, com a maioria dos casais compartilhando ideologias.

Aparentemente, o voto realmente importa na hora H. Apenas um terço dos casais que votarão em diferentes candidatos alega estar “muito satisfeito” com sua vida sexual.  Entre os casais que elegerão a mesma pessoa, 40% estão “muito satisfeitos”.

Eleições

Neste domingo (23), acontece o primeiro turno das eleições presidenciais francesas. Os 37 mil eleitores registrados deveram escolher quais dos 11 candidatos disponíveis prosseguirão para o segundo turno.

Depois de duas semanas, em 7 de maio, acontece o segundo turno com os dois mais votados. Uma pesquisa realizada pelo “Opinionway”, Macron aparece na liderança com 23% das intenções de voto.  Atrás dele estão Le pen, com 22%, Fillon, com 20% e Mélenchon com 19%.

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A pesquisa revela que Le Pen não seria eleita presidente da França no segundo turno. Caso disputasse com Macron, teria apenas 35% dos votos. Já se seu adversário for Fillon, a diferença é menor, com 43% dos votos para a extremista.

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