Neste sábado (15) um atentado com carro-bomba matou mais de 100 pessoas e deixou dezenas feridas. O ataque aconteceu próximo à cidade de Aleppo, no norte da Síria, perto de um comboio de ônibus que transportava refugiados.

Ataque com carro-bomba na Síria deixa mais de 100 mortos e 50 feridos em Aleppo
Reprodução
Ataque com carro-bomba na Síria deixa mais de 100 mortos e 50 feridos em Aleppo


Leia também: Na ONU, Reino Unido diz que encontrou gás sarin em amostras de ataque na Síria

Entre os passageiros, estavam civis e combatentes que haviam deixado, no dia anterior, as áreas pró-regime, conforme afirmou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Em sua página no Facebook, os chamados "capacetes brancos" disseram que estão prestando assistência a mais de 50 feridos. Os números ainda podem aumentar.

A organização afirmou que o suicida estava dirigindo uma caminhonete que carregava     ajuda alimentar e explodiu o veículo perto dos 75 ônibus que estavam estacionados em Al Rashidin, uma região rebelde que fica no lado oeste de Aleppo.

No início a OSDH havia informado um número menor de vítimas, mas depois que vários feridos que tinham recebido atendimento médico morreram, e outros corpos foram encontrados no local da explosão, essa quantidade aumentou.

O correspondente da AFP que teve acesso ao local, descreveu o cenário após o ataque como terrível e contou que encontrou muitos cadáveres, alguns carbonizados, incluindo de crianças, e membros espalhados pelo chão, perto dos ônibus destruídos pela explosão.  Além do grande número de feridos e pessoas em pânico na área onde os ônibus estão estacionados.

No entanto, a agência de notícias estatal síria Sana informou que dezenas de civis morreram e ficaram feridos, em sua maior parte crianças e mulheres, das famílias retiradas de Fua e Kefraya, povoados xiitas.

Leia também: Bombardeio dos EUA abre novo capítulo na guerra da Síria; entenda o conflito

Segundo a Agência EFE, os ônibus levavam cerca de 5 mil pessoas que foram retiradas dos dois vilarejos, como parte de um acordo entre o governo de Bashar Al Assad e a oposição. Até então, os refugiados estavam sendo impedidos de seguir viagem.

Histórico

A prática de deixar as cidades que estão sendo atacadas é comum desde o início da guerra na Síria, há cerca de seis anos. Mas, isso só aconteceu por conta do acordo que foi patrocinado pelo Catar, que apoia os rebeldes, e o Irã, aliado do regime.

A estimativa é de que mais de 30 mil civis deveriam sairiam das zonas de guerra em duas etapas.

*Com informações da Agência Brasil

Leia também: Ao atacar Síria, EUA viram 'força aérea' do Estado Islâmico, diz âncora da CNN

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!