A infraestrutura de pontes nos Estados Unidos enfrenta uma crise acentuada potenciada por mudanças climáticas, segundo reportagem do The New York Times.
O calor extremo e inundações frequentes estão acelerando a deterioração dessas estruturas, muitas das quais foram construídas há décadas, antes que houvesse a preocupação com variações climáticas severas.
Nos últimos meses, pontes em estados como Nova York, Iowa, e Maine apresentaram falhas significativas, refletindo um padrão de envelhecimento precoce vinculado ao aumento das temperaturas e precipitações.
Engenheiros e pesquisadores afirmam que, até 2050, uma em cada quatro pontes de aço nos EUA poderá colapsar devido ao calor: é um estudo publicado na PLOS ONE que revela que eventos climáticos extremos podem causar erosão ao redor das fundações, além de danificar componentes estruturais.
Em casos recentes, como o fechamento de uma ponte na Interestadual 10 entre Califórnia e Arizona, os atrasos de transporte resultaram em custos diários de aproximadamente 12,5 milhões de reais.
Para mitigar os riscos, estados como Vermont e Colorado estão adotando medidas para construir pontes mais resistentes, com novos materiais e fundações mais profundas.
No entanto, esses projetos aumentam os custos em até 40%, destacando o desafio financeiro e logístico de adaptar a infraestrutura do país às novas realidades climáticas.
O governo Biden destinou cerca de 550 bilhões de reais para infraestrutura, incluindo o programa PROTECT, que oferece subsídios para tornar as estruturas mais resistentes.
Apesar disso, especialistas alertam que os recursos disponíveis são insuficientes para atender às necessidades de modernização e reparo em larga escala.
Pete Buttigieg, secretário de Transportes dos Estados Unidos, reconheceu que a adaptação da infraestrutura às mudanças climáticas é um "alvo em constante movimento" e enfatizou a necessidade de continuar aprendendo com eventos extremos para planejar futuros projetos.
Esses desafios crescentes, além de impactarem a segurança das pessoas e mercadorias, resultam em custos adicionais para consumidores, à medida que empresas de transporte lidam com desvios e aumentos nos gastos com combustível, repassando esses custos ao mercado.
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