Incêndio no cerrado de Brasília
Valter Campanato/Agência Brasil
Incêndio no cerrado de Brasília

O desmatamento no Cerrado  cresceu 20% em 2022  em comparação com o ano anterior, informam os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

As informações derivam de um levantamento do Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado ( SAD Cerrado ), uma ferramenta desenvolvida pelo Ipam em parceria com rede MapBiomas, LAPG e Universidade Federal de Goiás (UFG).

De acordo com a pesquisa do SAD Cerrado, foram desmatados 815.532 em 2022 – uma área maior que a do Distrito Federal. Em 2021, foram cerca de 680 mil hectares desmatados.

Em dezembro, o último mês da gestão Jair Bolsonaro (PL), o ritmo do desmatamento acelerou e a prática teve uma alta de 89% em relação ao mesmo mês de 2021.

Foram 83.998 hectares devastados em dezembro de 2022, contra 44.486 hectares no mesmo mês em 2021.

A ferramenta constatou que as áreas de savanas foram as mais afetadas, concentrando 65% da área desmatada no período.

No ranking dos estados que mais desmatam, o Maranhão ocupa o primeiro lugar. Só em Balsas (MA) foram mais de 24 mil hectares desmatados, contra 14 mil no ano anterior, alta de quase 60%.

Em 2022, cerca de 80% da área desmatada foi identificada em propriedades privadas, seguida de vazio fundiário (13,5%), assentamentos (4,5%) e áreas protegidas (3,6%).

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