Mesmo com aumento de casos de dengue em São Paulo, maioria dos estados registra queda nas notificações da doença
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Mesmo com aumento de casos de dengue em São Paulo, maioria dos estados registra queda nas notificações da doença

No ano passado, de janeiro a agosto, o número de casos de dengue no estado de São Paulo foi de 4 mil. Avaliando o mesmo período de 2018 pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) a Secretaria Estadual da Saúde constatou que os casos mais do que dobraram em um ano: aproximadamente 8,9 mil pessoas tiveram a doença.

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Na contramão da maioria dos estados, onde os casos de dengue mostram trajetória de queda ao longo dos últimos anos, a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo informou que o trabalho de campo para combate ao mosquito Aedes aegypti , transmissor da dengue, compete primordialmente aos municípios.

“A pasta auxilia permanentemente em ações, inclusive por meio da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), que presta apoio e orientações para desenvolvimento de estratégias, com base no monitoramento”, diz o texto.

Nos demais estados, os casos de dengue vêm caindo desde o ano passado. Até 11 de agosto deste ano, foram notificados 193.898 casos, com redução de 5,1% em relação ao mesmo período de 2017.

Em 2015, houve 678.031 registros da doença e, em 2016, 162.947. No ano passado, o número de casos caiu para 6.269. Neste ano, a doença provocou 92 mortes, número inferior em 39% ao do mesmo período do ano passado.

Casos de dengue hemorrágica poderão ser prevenidos

Com o estudo, casos de dengue hemorrágica podem ser identificados antes e tratados da melhor forma
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Com o estudo, casos de dengue hemorrágica podem ser identificados antes e tratados da melhor forma

Nesta semana, um estudo chamou a atenção para uma novidade que pode ajudar no combate aos casos da doença. A pesquisa, desenvolvida a partir da análise de milhares de moléculas, levou pesquisadores à identificação de lipídios que podem  indicar a evolução da dengue para sua forma mais grave, a hemorrágica. Segundo os cientistas, foi possível observar que o vírus ajuda a promover a adição de fosfato às proteínas do sangue, aumentando a quantidade de fosfotidilcolinas.

Esses lipídios agem contra a coagulação, e a presença excessiva deles acaba por desbalancear os processos que evitam as hemorragias.

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O estudo foi desenvolvido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Escola de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), revelou marcadores que facilitam o diagnóstico da dengue hemorrágica .

A investigação é resultado do doutorado do pesquisador Carlos Fernando Odir Rodrigues, sob orientação do professor Rodrigo Ramos Catharino, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp.

Transformada em artigo publicado na revista Scientific Reports, a pesquisa descreve a evolução da dengue hemorrágica a partir da análise de 20 pacientes tratados no Hospital de Base da da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp).

De acordo com o estudo, o vírus transmitido pelo Aedes aegypti assume o controle do metabolismo das células infectadas para atender às necessidades de replicação viral. Essa atuação gera aumento da fosfotidilcolina, que dificulta a coagulação do sangue e é um indicativo da febre hemorrágica.

Com essa constatação, os pesquisadores acreditam que, em breve, será possível identificar a ocorrência da forma mais grave da doença a partir de exames de sangue. A expectativa é que a descoberta também ajude no desenvolvimento de vacinas e no aperfeiçoamento dos tratamentos.

A partir do diagnóstico mais rápido e preciso, deve ainda aumentar a sobrevida dos pacientes, uma vez que o atendimento já poderá ser direcionado desde os estágios iniciais. A evolução para a variedade hemorrágica está ligada vários fatores, como a quantidade de vírus no organismo e a reação do sistema imunológico do doente.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há 390 milhões de  casos de dengue por ano em todo o mundo. Em junho, o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, apontou que 1,1 mil municípios brasileiros, 22% do total, tinham risco de surto de dengue, zika e chikungunya.

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