Urnas eletrônicas
Cristiano Mariz/ O GLOBO
Urnas eletrônicas

Na disputa para governador os candidatos da 'terceira via' lideram as pesquisas ao cargo em cerca de seis estados. Esses políticos e respectivamente seus partidos regionais, também se posicionam como uma alternativa a polarização entre Lula e Bolsonaro e evitam uma associação com os candidatos. 

O principal motivo é evitar constrangimentos e perder votos já que a disputa ao Planalto carrega o antagonismo ideológico entre 'esquerda e direita'. Os acordos locais entre os partidos também estão em jogo, além de que nesses estados as campanhas favoristas estão buscando a reeleição de governos com gestões bem avaliadas entre a população local. O comportamendo pode ser observado em Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Pará, Goiás e Piauí.

Em Minas, o atual governado Romeu Zema (Novo), lidera a corrida com 53% dos votos, segundo o Datafolha. Em 2018, Zema se elegeu na onda bolsonarista. Assim como o ex-givernador João Dória (PSDB) em São Paulo, Zema se afastou do presidente com a estratégia de evitar a rejeição do atual governo. Porém, Zema foi filmado fazendo sinal de positivo ao lado de um prefeito que pedia voto para Bolsonaro. 

O governador do Pará Helder Barbalho (MDB), que segundo Ipec tem 65% dos votos, se encontrou com Lula em Belém mas dias depois fez campanha Simone Tebet (MDB) na cidade. Barbalho tem a maior aliança eleitoral com 16 partidos. No seu palanque tem as siglas dos partidos de quatro candidatos à presidência. MDB, PT, PDT e União Brasil. Além dos principais partidos da chapa de Bolsonaro, PP e Republicanos.

ACM Neto (União Brasil) que está com 49%, segundo o Datafolha na Bahia, construiu carreira como oposição ao PT e apoiou Bolsonaro em 2018. Agora, na campanha ao governo foge da polarização, já que Lula lidera na Bahia.

No Piauí, Teresina Silvio Mendes (União), se esquiva de associações com Bolsonaro, apesar do apoio aberto do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP). 

No Rio Grande do Sul, o ex-governador Eduardo Leite (PSDB), que também foi eleito em 2018 com discurso bolsonaristo, agora se descola do presidente e aposta na terceira via com apoio do MDB e União Brasil.

O governador de Goiás Ronaldo Caiado (União) que é líder com 48% nas pesquisas também se afastou de Bolsonaro, mas por temer perder voto da parte do eleitorado bolsonarista no estado prefere ficar na neutralidade. 

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