Deuses raivosos e mau presságio: como os povos antigos explicavam o eclipse lunar
Taís Ilhéu
Deuses raivosos e mau presságio: como os povos antigos explicavam o eclipse lunar

Na noite desta terça-feira (17), será possível assistir, de qualquer local do Brasil, ao segundo eclipse lunar deste ano. O fenômeno astronômico tem uma explicação simples: é quando Sol , Terra e Lua Cheia , nesta ordem, se alinham, resultando em uma sombra que oculta parte do satélite natural do nosso planeta. Pode parecer bastante lógico para nós, já que os cientistas estudaram exaustivamente os eclipses para fornecer essa explicação. Mas já imaginou o que pensariam povos antigos ao ver, repentinamente, a lua sendo “engolida” pelas sombras?

Pois saiba que as teorias eram as mais mirabolantes possíveis, baseadas nas crenças e religiões praticadas por cada um deles. Conheça abaixo a explicação de três diferentes mitologias.

Os lobos gigantes na mitologia nórdica

De acordo com a mitologia nórdica , os eclipses têm a ver com o feiticeiro Loki, inimigo dos deuses. Ao ser aprisionado, ele decide se vingar e cria monstros gigantes, na forma de lobos, nomeados Sköll e Hati. Estes lobos seriam, então, os responsáveis pelos eclipses, ora engolindo o Sol (eclipse solar), ora mordendo a Lua (eclipse lunar).

Rahu e a busca por vingança, no hinduísmo

Mais uma vez, a tentativa de vingança contra os deuses. Para os hindus , o responsável pelos eclipses , seja o lunar ou solar, é Rahu. Reza a lenda que essa figura foi derrotada e decapitada pelo deus Vishnu depois de ser denunciada pelos deuses do Sol e da Lua. Desde então, a cabeça decapitada persegue os dois astros e tenta devorá-los, mas o plano dá errado porque Rahu não tem um corpo, então o Sol e a Lua sempre escapam depois de serem engolidos.


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Uma batalha com a serpente, para os egípcios

O Egito Antigo , apesar de ser avançado nos estudos na astronomia , deixou raros registros sobre o eclipse lunar . Já o solar chegou a ser atribuído a um evento de ordem sobrenatural: a luta do deus Rá e a serpente Apófis. Essa criatura travava, de tempos em tempos, uma batalha contra Rá, e chegava perto de derrotá-la – era quando o Sol “sumia”. No entanto, o vitorioso no final era sempre o deus.


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