A Universidade de São Paulo (USP) foi considerada a melhor instituição de ensino superior da América Latina e do Caribe pelo segundo ano consecutivo. A decisão é da 14ª edição do QS World University Ranking , divulgada nesta quinta-feira (3).
O pódio deste ano também repetiu o segundo e o terceiro lugar de 2023, ocupados pela Pontifícia Universidade Católica do Chile e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), respectivamente.
Em 2023, a USP não só alcançou o primeiro lugar do pódio latino-caribenho, como também estreou no top 100 de melhores instituições de ensino do mundo, em 85º lugar. Neste ano, ela conquistou a 92ª posição.
Ao todo, foram avaliadas 437 universidades de 23 países da região. Além da USP e da Unicamp, o top 10 conta com mais duas universidades brasileiras, ambas em melhores colocações em relação à edição anterior:
- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 5º (8º em 2023).
- Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 8º (10º em 2023).
Sendo assim, de acordo com a avaliação do QS, o Brasil é o país da região com o maior número de universidades destacadas — nove instituições brasileiras ficaram entre as 25 melhores da América Latina e quatro entraram no top 10.
As outras que aparecem na lista são:
- 13º - Universidade Federal de Minas Gerais
- 14º - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
- 16º - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
- 21º - Universidade Federal de Santa Catarina
- 25º - Universidade de Brasília
Pontos fortes e desafios da educação superior no Brasil
Segundo a QS Quacquarelli Symonds, especialista global em educação superior e elaboradora do relatório, estes são os pontos fortes das universidades brasileiras que lhes garante um lugar no ranking:
- alto número de professores com doutorado;
- impacto na web, que analisa o impacto da marca digital das instituições;
- volume significativo em citação por artigo e na produção de artigo por docente;
- melhora na reputação entre empregadores;
- destaque pela rede internacional de pesquisa, em parceria com outras instituições internacionais.
Apesar da boa avaliação, Ben Sowter, vice-presidente sênior da QS, disse que as universidades brasileiras sofrem com falta de recursos.
"As universidades brasileiras continuam a demonstrar realizações acadêmicas significativas, mas o sucesso a longo prazo depende da diversificação das fontes de financiamento e do aumento da autonomia institucional", afirmou Sowter.
De acordo com o relatório, o amplo acesso da população ao ensino superior ainda é um desafio para o Brasil."Embora as recentes iniciativas do governo, como aumentos salariais e financiamento adicional para bolsas de estudo, tenham contribuído para uma maior estabilidade no setor de ensino superior brasileiro, ainda há desafios. Para garantir o crescimento sustentado e a inovação, é essencial expandir os fluxos de financiamento e garantir que as universidades permaneçam livres de influência política", diz o relatório do QS.
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