Brasil fica entre os piores em teste de criatividade do Pisa
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Brasil fica entre os piores em teste de criatividade do Pisa

Mais da metade (54,3%) dos estudantes brasileiros de 15 anos apresentou um baixo nível de pensamento criativo para a resolução de problemas sociais e científicos na avaliação do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). As informações foram divulgadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta terça-feira (18).

O Pisa é uma das principais avaliações de  educação do mundo, e mede os conhecimentos de matemática e leitura dos alunos de escolas públicas e particulares. Neste ano, uma novidade: questões que mediam a criatividade dos alunos.

Dos 56 países avaliados (entre membros da OCDE e parceiros), o Brasil teve um dos piores desempenhos da lista e ficou na 44ª posição, atrás de outras nações latino-americanas como Colômbia, Peru e Uruguai.

O Pisa define a habilidade de pensamento criativo como "a competência para se envolver produtivamente na geração, avaliação e melhoria de ideias que possam resultar em soluções originais e eficazes, avanços no conhecimento e expressões impactantes da imaginação".

A maioria dos estudantes brasileiros se encontra nos níveis 1 e 2 dessa habilidade. Isso significa que eles têm a capacidade de fazer apenas desenhos isolados e simples, além de apresentarem ideias óbvias para um problema, sem propor soluções diferentes para ele.

Diferenças na pontuação

A liderança em todos os quesitos avaliados pelo Pisa ficou com Singapura, que atingiu 41 pontos, numa escala que vai até 60. O Brasil atingiu 23, dez abaixo da média da OCDE.

Além disso, a avaliação constatou uma diferença significativa, de 11 pontos, entre os alunos brasileiros mais pobres e mais favorecidos economicamente.

Entre as áreas avaliadas pela prova, o Brasil teve o pior desempenho na que avaliava a habilidade de resolução de problemas científicos.

Observações gerais

Outras observações da OCDE sobre o desempenho de todos os países são:

  • De modo geral, os alunos mais favorecidos economicamente tiveram um melhor desempenho em pensamento criativo em relação aos menos favorecidos, com uma diferença média de 9,5 pontos;
  • As meninas são muito mais criativas que os meninos: 31% delas atingiram o nível 6 de proficiência, ante 23% dos meninos;
  • Alunos que participam de atividades extracurriculares ligadas a arte, escrita, teatro e programação semanalmente tiveram um melhor desempenho que os demais;
  • O incentivo e valorização das escolas para a criatividade também impactou o resultado do ranking, segundo questionário do Pisa.

Confira o ranking do Pisa:

  1. Singapura (41 pontos)
    Coreia (38 pontos)
    Canadá (38 pontos)
    Austrália (37 pontos)
    Nova Zelândia (36 pontos)
    Estônia (36 pontos)
    Finlândia (36 pontos)
    Dinamarca (35 pontos)
    Letônia (35 pontos)
    Bélgica (35 pontos)

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