Greve nas federais pode completar 3 meses
Divulgação/Andes-SN
Greve nas federais pode completar 3 meses

O governo federal fez, nesta sexta-feira (14), uma nova proposta aos professores e técnicos das universidades e institutos federais. Para tentar encerrar a greve , que perdura desde abril, o  Ministério da Educação (MEC) propôs revogar duas normas da gestão anterior, estabelecidas no governo Jair Bolsonaro

Atendendo aos pedidos dos grevistas, o MEC propôs revogar a portaria nº 983/2020, que estabelecia uma carga horária mínima de 15 horas semanais de aula para os professores das escolas técnicas . Além disso, o governo aceita derrubar a Instrução Normativa nº 6 de 2022, que limita a progressão funcional de docentes.

Apesar da nova oferta, a greve segue em vigor. Os sindicatos que representam os professores declararam que vão levar a proposta para uma assembleia, ainda sem data marcada. Ao todo, 54 universidades federais e 51 institutos federais estão com as atividades paralisadas.  

De qualquer forma, os representantes celebraram a conquista desta sexta. "A [revogação da] portaria é o nosso 1º ganho, nosso 1º marco, no ‘revogaço’ das medidas do governo Bolsonaro [PL]. Uma portaria que, mais que estabelecer o aumento da nossa carga horária de trabalho mínima, descaracteriza a natureza da atividade docente ao nos impedir de fazer pesquisa, extensão e que possamos produzir ciência e tecnologia, o que também é nossa atribuição", disse a coordenadora-geral do Sinasefe, Artemis Martins. 


Governo diz ter chegado ao limite

O governo federal afirmou que chegou ao seu limite na proposta financeira. A última oferta, do 27 de maio, consistiu no aumento de 9% a partir de janeiro de 2025, e de 3,5% a partir de maio de 2026. Nestes termos, o salário dos professores não seria reajustado neste ano. 

Os professores, porém, exigem ao menos 4,5% de aumento ainda em 2024, algo que o governo diz não ser possível. "Tenho feito um apelo para o fim da greve. O governo do presidente Lula concedeu um reajuste de 9% no primeiro ano de governo, após anos sem reajuste", disse o ministro Camilo Santana.

"[Lula] Reabriu todas as mesas de negociações e tem oferecido melhorias que são históricas. Reajustes que variam de 23 a 46% até 2026, incluindo os 9% de 2023. Além da reestruturação das carreiras e de ter concedido 115% de aumento no vale-alimentação, mais de 50% no auxílio saúde e 50% no auxílio-creche", acrescentou o chefe da Educação.

Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique  aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!