Em audiência na Comissão de Educação da Câmara, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas, afirmou que "está tudo certo" com a realização do Exame Nacional do Ensino Médio e pediu aos estudantes que "não se preocupem".
Na última segunda-feira, 35 servidores do órgão fizeram um pedido coletivo de exoneração de seus cargos de coordenação . Além deles, outros dois servidores já tinha colocado os cargos à disposição, totalizando 37 funcionários. Os servidores acusam Danilo Dupas de assédio moral, censura, e de não assumir atribuições sob sua responsabilidade no Inep, colocando em risco as políticas desempenhadas pelo Instituto, com o Enem. Dupas negou as acusações e afirmou que vai se reunir com a Associação dos Servidores do Inep (Assinep) nesta quarta-feira, às 17h.
"Aproveito esta oportunidade para tranquilizar os estudantes brasileiros. Continuem estudando para as provas, confiram seus locais de aplicação e estejam no horário sinalizado para cada exame. As provas estão prontas e as equipes já foram capacitadas. Está tudo certo. Não se preocupem", disse.
Dupas garantiu ainda a realização do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), este último, segundo ele, já iniciou aplicação no dia 8 e vai até dezembro.
"A expertise do Inep na realização das avaliações e exames educacionais ultrapassa 30 anos. São fluxos bem maduros e estabelecidos. Reforço que as aplicações estão garantidas, pois as fases preparatórias foram concluídas, restando a distribuição das provas para sua aplicação".
Dupas negou as acusações de assédio moral feitas pelos servidores. Segundo ele, as medidas de mudança de servidores de cargos foram tomadas para melhorar a execução do serviço.
"Não compactuamos e repudiamos qualquer ato que se enquadre como assédio moral. As tomadas de decisão de movimentação para outros setores ou cargos foram e serão feitas sempre com base no perfil do funcionário e na natureza da atividade, no intuito de melhorar a execução do serviço e consequentemente cumprir o papel institucional do Inep, como ocorre em muitos órgãos públicos e privados que primam pela busca da excelência", disse Dupas, complementando:
"Não há uma orientação e tampouco ocorreu casos em que expus as pessoas que compõem o quadro do instituto em situações humilhantes e constrangedoras no ambiente de trabalho e no exercício de suas atividades. Não aceito tais condutas e peço que se ocorrer uma situação do tipo, o caso seja denunciado por qualquer um dos meios de comunicação disponíveis".