Programa de internet tem propagando obrigatória
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Programa de internet tem propagando obrigatória

A chegada da  internet banda larga nas escolas da zona rural de Santa Filomena, no interior do Piauí, veio com uma exigência: os estudantes, professores e moradores na região precisam assistir a uma propaganda de 30 segundos sobre programas sociais do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cada vez que acessam a rede. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .

De acordo com a apuração do Estadão , o anúncio é uma imposição aos beneficiários do Wi-fi Brasil, projeto do Conecta Brasil, conjunto de iniciativas para promover a inclusão digital tocadas pelo Ministério das Comunicações. Caso o usuário acesse a internet cinco vezes ao dia, por exemplo, ele terá que assistir à propaganda também cinco vezes. Se ele demorar para entrar na rede, o sistema desconecta e ele tem que assistir novamente.

O único aplicativo que abre sem a peça publicitária é o WhatsApp. "Para usar o Google e o Caixa Tem, a gente assiste ao vídeo", disse a estudante Gabriela Silva, de 14 anos, do 9.º ano da Escola Municipal Anita Studer, no povoado de Sete Lagoas, ao jornal.

Pelo menos 26 milhões de brasileiros passaram a ter acesso à internet pelo Conecta Brasil, segundo estimativas do Ministério das Comunicações. O custo previsto do programa é de R$ 2,7 bilhões e, dessa quantia, R$ 2,46 bilhões serão alocados no Norte e Nordeste, locais onde é maior a carência de internet.

Essas regiões também são as que Bolsonaro enfrenta maior dificuldade, segundo pesquisas, para uma possível reeleição em 2022 . Dessa maneira, o presidente planeja uma série de ações e viagens ao local. O ministro das Comunicações Fábio Faria e o vereador Carlos Bolsonaro estiveram em Santa Filomena em maio deste ano justamente para instalar o sinal público de wi-fi.

Na propaganda obrigatória para o acesso à rede, estão medidas como o 13.º salário do Bolsa Família e a instalação de sinal de internet em escolas, adotadas pela gestão Bolsonaro. Os roteadores, conforme o jornal, foram colocados em locais que as comunidades contempladas se reúnem, como escolas, postos médicos e unidades de segurança pública.

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