Ao comentar a decisão da prefeitura do Rio de Janeiro de adiar em duas semanas a próxima etapa da volta às aulas presenciais na cidade, o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, disse que a adequação do plano de retorno dos alunos é o “novo normal” e acrescentou: “do nosso lado não tem negacionismo”.
O secretário garantiu que nenhuma escola precisou fechar, devido a caso suspeito ou confirmado de Covid e disse que embora haja registro de profissionais que ficaram doentes, afirmou que não há provas de que a contaminação tenha ocorrido em ambiente escolar.
"No que diz respeito a casos de Covid nós não precisamos fechar nenhuma unidade escolar devido casos suspeitos ou confirmados. Agora nós tivemos, por exemplo, profissionais que tiveram Covid e que não foram para escola. Não tivemos ainda nenhuma prova de que tiveram transmissão dentro de uma unidade escolar. O esperado nesse momento é o de um novo normal. Esse abre e fecha da sociedade e adequação de nosso plano de volta às aulas são normais de acontecer num tempo de tantas incertezas. Do nosso lado não tem negacionismo. Nós trabalhamos com a ciência tomando as decisões adequadas em prol da educação carioca", disse Ferreirinha.
De acordo com o cronograma inicial, estudantes do 3º ao 5º ano, do 6º ano Carioca e do 9º ano retomariam o ensino presencial a partir desta quarta-feira (17). Porém, na noite de segunda feira (15), a Secretaria municipal de Educação informou que esses alunos deverão seguir, por enquanto, no ensino remoto. Dessa forma, as aulas presenciais seguirão ocorrendo apenas para os matriculados na pré-escola, no 1º ano e no 2º ano do Ensino Fundamental.
"Nós tivemos a primeira fase, que inclui esses primeiros anos escolares de uma maneira muito exitosa. Mais de 80% dos pais e responsáveis preferiram o retorno presencial. Nós não precisamos fechar nenhuma unidade escolar devido algum caso suspeito ou confirmado. Nós queremos expandir ainda mais essa primeira fase antes de migrar para a fase dois. Como nós prevíamos no nosso plano de volta às aulas desde o começo do ano, em janeiro, adequações nas datas de evolução entre as fases já eram previstas", afirmou o secretário.
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Ferreirinha admitiu que algumas escolas têm problemas de infraestrutura, mas disse que estão sendo resolvidos. Segundo o secretário cerca de R$ 17 milhões foram direcionado para as unidades de ensino, para que as direções investissem em adequações necessárias para a volta às aulas, como compra de insumos, equipamentos de proteção individual, lixeiras sem pedal e sem tampa, além de pequenas reformas, em parceria com a Secretaria de Infraestrutura.
Sobre o aumento de casos de Covid, o secretário disse que influenciam as decisões da prefeitura e reafirmou que já educação, tanto ele como o prefeito Eduardo Paes concordam que “a escola deve ser a última a fechar e a primeira a reabrir.” Ferreirinha disse que a evolução dos casos vem sendo acompanhada de perto, junto com a Secretaria municipal de Saúde e com o Comitê Cientítico que tem orientado as decisões sobre as medidas de restrição no município.
"Nós estamos abrindo mais escolas, mantendo essa fase onde nós sabemos como deve acontecer. Estamos trabalhando há tres semanas desta forma, com os alunos pequenos, que são muito obedientes, têm seguido as nossas normas do protocolo sanitário. A gente tem o entendimento pedagógico que são os mais vulneráveis. É o período da alfabetização, a educação infantil, que mais precisa do presencial", defendeu o secretário de Educação.