Espírito Santo suspende aulas nas redes público e privada pata crianças de até cinco anos
Divulgação/Sesa
Espírito Santo suspende aulas nas redes público e privada pata crianças de até cinco anos

No domingo (14), o Espírito Santo divulgou que as aulas nas redes pública e privada de ensino, para crianças de até cinco anos, serão suspensas por cerca de 21 dias. As informações foram apuradas pelo G1.

O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes e o secretário de Educação Vitor De Angelo, contaram decisão durante uma coletiva de imprensa. Segundo os secretários, a taxa de ocupação da UTI infantil chega aos 90% de capacitação em todo o estado.

"Em virtude do aumento acelerado das doenças respiratórias agudas graves, foi constituída a posição de suspender em todo o estado a educação infantil de até cinco anos de idade, na rede pública e privada do estado. As escolas terão até quarta-feira para ter atividades de transição. A decisão vai durar 21 dias a partir do dia de amanhã", declarou Nésio Fernandes.

O governo fará um prazo de até três dias, até a quarta-feira (17), para que as escolas e familiares se reorganizem. Ainda de acordo com Nésio Fernandes, uma pasta também será publicada até terça-feira (16), para esclarecer a proibição de crianças da mesma faixa estaria em transitarem em espaços infantis .

"Até terça-feira, serão publicadas outras normas correspondentes suspendendo a abertura de espaços infantis. Vivemos um momento crítico da pandemia no estado. Hoje, alcançamos 87% de ocupação de UTIs adultas, temos uma agenda de inauguração e expansão de leitos. No entanto, leitos não serão a única arma adotada pelo nosso estado para resistir à pandemia", ressaltou.

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Nova decisão é válida para as cidades que já deram início ao processo de voltas às aulas e também aos que ainda não iniciaram a retomada das atividades escolares. Durante a coletiva, foi mencionado pelo secretário de Educação que tal decisão foi pela ocupação dos leitos de UTI que nessa época do ano, também passam a ser ocupadas por outras doenças respiratórias e não somente pelo novo coronavírus .

"Parte das pessoas que discordam normalmente usa o argumento de que a escola mostrou ser, à luz dos dados que nós temos monitorado, um espaço seguro. Se isso de um lado é verdade, do outro, a pandemia da Covid-19 passa por esse momento em uma fase específica de variantes. Ao mesmo tempo, temos o início de uma fase sazonal de outras doenças. Neste momento, temos leitos pediátricos ocupados na casa dos 90% e pressão assistencial nos demais leitos pediátricos", contou.

"Não temos condições de atender mais em larga escala as crianças neste momento, caso isso seja necessário. Como temos a sazonalidade de algumas doenças, combinadas com a Covid, além das variantes da Covid, somado à informação da ocupação dos leitos, que no fim das contas é a mais importante, é prudente tomar essa medida", considerou o secretário.

De Angeli esclareceu que as decisões foram tomadas em base nos dados técnicos divulgados.

"Para nós, não é fácil. Quando assumimos a secretaria, não assumi pensando em fechar escolas. Se estamos tomando essa decisão agora, não tenham dúvida alguma: é por dados técnicos que nos apontam a necessidade da tomada de decisão. Digo isso com a transparência de quem retomou as aulas, entendendo que aquele era o momento adequado", explicou.

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