O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse nesta quinta-feira (26) que o governo quer o retorno das aulas presenciais no Brasil. A declaração foi dada durante live com o presidente Jair Bolsonaro , nas redes sociais do presidente.
"Mandamos o dinheiro para o retorno das aulas, nós queremos o retorno das aulas", disse Ribeiro .
"Tu defende aula presencial?", questionou Bolsonaro .
"Claro que eu defendo, mas isso não depende da gente. Conforme o STF decidiu, isso está na mão de prefeitos e governadores. Vamos tomar todos os cuidados...", respondeu o ministro da Educação.
Em abril, o Supremo Tribunal Federal ( STF ) decidiu, por unanimidade, que governadores e prefeitos têm poderes para baixar medidas restritivas no combate ao coronavírus em seus territórios.
Bolsonaro, em seguida, citou sua filha Laura, que tem dez anos, disse que ela estava tendo aula à distância , e que Michelle Bolsonaro, mãe da criança, "faz cumprir" a carga horária, mas "grande parte da molecada os pais não tem como cobrar os filhos isso".
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"Olha, todo mundo queremos o bem dos nossos filhos. Tenho uma filha de dez anos, estuda aqui em Brasília, está em casa, está tendo educação à distância, a mãe faz cumprir, não tem conversa. Mas grande parte da molecada os pais não tem como cobrar os filhos isso. Estamos perdendo muito na educação, o Brasil perde", afirmou.
Em seguida, questionou Ribeiro se o MEC tinha dado parecer favorável à volta às aulas.
"O parecer da minha equipe é que voltem as aulas", afirmou o ministro .
"Com protocolos?", perguntou o presidente .
"Sim, cuidando... Inclusive escrevemos protocolos de biosegurança, ouvimos os médicos, para retornar com cuidado, e mandamos para cada escola, isso que é importante, praticamente R$ 80 mil, rateado, algumas mais e outras menos, porque são 117 mil escolas públicas", disse Ribeiro.
No começo do mês passado, o MEC divulgou um guia para orientação das redes no possível retorno às atividades presenciais. A diretriz estabelece as recomendações de acordo com quatro níveis de contaminação da região da escola, prevendo abertura total ou parcial das unidades, além orientar que as escolas façam uma triagem de alunos e profissionas que podem ou não retornar a depender se compõem ou não o grupo de risco.