O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) abriu mão de prestar depoimento presencial sobre inquérito que apura suposta tentativa de interferência na autonomia da Polícia Federal . A decisão foi informada nesta quinta-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Advocacia-Geral da União (AGU). As informações são do Estado de S. Paulo .
As investigações apuram as acusações de Sérgio Moro , ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, sobre a suposta interferência de Bolsonaro no comando da PF . Em documento, a AGU informou que a divulgação da reunião ministerial do dia 22 de abril, que se tornou pública por determinação do então ministro Celso de Mello, "demonstrou completamente infundadas quaisquer das ilações que deram ensejo ao presente inquérito".
O presidente também relembrou que o prazo de prorrogação concedido às investigações está chegando ao fim. "Assim, o peticionante vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., declinar do meio de defesa que lhe foi oportunizado unicamente por meio presencial no referido despacho, aliás, como admitido pelo próprio despacho, e roga pronto encaminhamento dos autos à Polícia Federal para elaboração de relatório final a ser submetido, ato contínuo, ainda dentro da prorrogação em curso, ao Ministério Público Federal", escreveu a AGU.
De acordo com o jornal, em maio, uma parte dos investigadores que atuam no inquérito disseram que, até o momento, não foram encontradas provas que incriminem o presidente. Dessa maneira, a tendência é que o procurador-geral da República, Augusto Aras, peça o arquivamento do caso.