Foi em meio a aglomerações e greve de professores, mas também colocando em testes estratégias de redução de turmas e restrições de interações entre os estudantes que as aulas foram retomadas nas escolas públicas de Manaus , no Amazonas , nesta segunda-feira (10).
Com 106 mil casos da Covid-19 e 3,3 mil mortos pela doença no estado que foi o primeiro a liberar seus alunos, 110 mil adolescentes saíram de suas casas rumo às 123 escolas da rede pública estadual. O pico da doença, que já parece ter passado, foi entre os meses de abril e maio.
Mesmo com protocolos sanitários, no entanto, o retorno foi marcado por denúncias de descumprimento das regras de distanciamento social. Além disso, professores e pedagogos, que são contrários à voltadas aulas presenciais, ficaram parcialmente paralisados.
Após o retorno, o Sindicato dos Professores de Manaus (Assprom Sindical) convocou greve a partir desta terça-feira, enquanto o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) orientou os professores a não comparecerem às escolas.
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A interrupção dos trabalhos já começou, mas o governo do estado ainda não tem uma estimativa de quantos professores aderiram ao movimento.
Além desse problema, o primeiro dia teve registro irregularidades como aglomerações na porta das escolas, distanciamento inadequado nas salas de aula, salas sem ventilação de ar, ausência de dispensadores de álcool em gel nas salas de aula e até alunos sem máscara.
Nesta segunda (10), apenas os estudantes do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de escolas estaduais da capital retornaram às aulas presenciais.
Já es turmas de ensino fundamental devem retomar as aulas a partir de 24 de agosto. No interior do estado e na rede municipal, porém, ainda não há previsão para a volta às aulas presenciais.
Entre as estratégias utilizados pela A Secretaria de Estado de Educação do Amazonas para o retorno às aulas estão a redução das turmas pela metade, estudo híbrido com dois dias de aulas presenciais e dois dias de aula online na semana, adequação das escolas com a instalação de janelas, pias, tapetes sanitizantes e dispensadores de álcool em gel. Além disso, há também a distribuição de máscaras para professores e alunos e restrições para a socialização.
Apesar disso, muitos pais preferiram não arriscar e não levaram os seus filhos para a escola e muitos professores também não compareceram ao trabalho.