Aprovado na quarta-feira (29), o novo currículo do ensino médio no estado de São Paulo busca, também, conter o abandono escolar após a pandemia da Covid-19 . A partir do ano que vem, os alunos do ensino médio da rede pública e privada poderão escolher em quais áreas do conhecimento se aprofundar por meio de disciplinas eletivas.
Serão 12 opções de cursos que permitirão aos estudantes escolher as matérias que mais se identificam. De acordo com o secretário da educação do estado, Rossieli Soares, "a perspectiva dos estudantes é de uma mudança. Eles querem escolher o que vão estudar", afirmou. O secretário destacou que, em consulta pública, 76% dos estudantes afirmou que gostaria de escolher as disciplinas.
A estrutura geral do currículo mantém os componentes curriculares - ou seja, as disciplinas tradicionais - na formação básica, mas acrescenta novos itinerários formativos. Juntos, os itinerários representam 1.350 horas que serão adicionadas às 1.800 horas da formação geral, distribuídos em um período de três anos.
Na carga horária referente aos itinerários formativos, o estudante precisa escolher uma ou duas áreas de conhecimento da formação geral ou ainda, a formação técnica e profissional para se especializar.
Os componentes do programa, chamado pelo governo de Inova Educação, também farão parte dos itinerários formativos, com as disciplinas de eletivas (educação financeira, teatro, empreendedorismo), projeto de vida (aulas que ajudam o estudante na gestão do próprio tempo, na organização pessoal, no compromisso com a comunidade) e tecnologia e inovação (mídias digitais, robótica e programação).
A previsão é de que o currículo seja implementado progressivamente aos alunos da 1º série do ensino médio em 2021. Em 2022, para os estudantes da 2º série, e consequentemente, para a 3ª série no ano de 2023. A secretaria ainda destaca que o estado é o primeiro do Brasil a utilizar o novo currículo, alinhado à Base Nacional Comum Curricular.