Carlos Alberto Decotelli, ministro da Educação, admite rever sua tese de mestrado por plágio e altera seu currículo, que incluía doutorado inconcluso
Luís Fortes/MEC
Carlos Alberto Decotelli, ministro da Educação, admite rever sua tese de mestrado por plágio e altera seu currículo, que incluía doutorado inconcluso

recém-empossado ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, protagoniza dois escândalos envolvendo sua vida acadêmica em menos de uma semana de governo. A primeira delas, já reconhecida pelo próprio, é que ele não concluiu seu doutorado na Argentina, como dizia seu currículo, que foi alterado , e a segunda é uma acusação de  plágio em sua dissertação de mestrado.

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Decotelli admite revisar sua dissertação de mestrado após a suspeita de plágio, e justifica que "falhas técnicas ou metodológicas" podem ter resultado em "omissões" de citações em sua tese, o que caracterizaria o plágio.

Em nota, o MEC diz que Decotelli não teve a intenção de plagiar e que na verdade o que ocorreu foi um equívoco. "O ministro refuta as alegações de dolo, informa que o trabalho foi aprovado pela instituição de ensino e que procurou creditar todos os pesquisadores e autores que serviram de referência e cujo conhecimento contribuiu sobremaneira para enriquecer seu trabalho. O ministro destaca que, caso tenha cometido quaisquer omissões, estas se deveram a falhas técnicas ou metodológicas. Informa também que, ainda assim, por respeito ao direito intelectual dos autores e pesquisadores citados, revisará seu trabalho e que, caso sejam identificadas omissões, procurará viabilizar junto à FGV uma solução para promover as devidas correções".

Além de justificar o plágio , o ministro também confirmou que não concluiu seu doutorado na Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, informação que constava em seu currículo disponível da plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A modificação foi feita após o reitor da universidade argentina,  Franco Bartolacci, vir a público e revelar que Decotelli não obteve título de doutor e teve a tese reprovada.

Segundo Decotelli, ele não apresentou sua tese de doutorado porque a defesa de seu trabalho acadêmico não foi autorizada pela banca examinadora, como havia dito o reitor da universidade. Com a rejeição de sua tese, o então doutorando decidiu voltar ao Brasil sem fazer os ajustes exigidos em seu trabalho e reapresentar a tese. Segundo ele, a volta foi motivada pela falta de recursos financeiros para seguir vivendo na Argentina.

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